O apelo é do diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados-Portugal, a propósito da dramática situação em que se encontram os refugiados nas ilhas gregas.
O JRS, a Cáritas Portuguesa e a Amnistia Internacional enviaram esta semana uma carta ao 1º Ministro português para pedir apoio ao “fim da política de confinamento” de requerentes de asilo nas ilhas gregas.
A carta surge na sequência de uma campanha lançada por 12 organizações humanitárias europeias congéneres que apelaram ao fim desta política de confinamento e à transferência imediata dos requerentes de asilo para o continente, em cartas enviadas ao primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e aos embaixadores dos Estados-Membros da UE, na Grécia.
Em causa está a situação de cerca de 15 mil pessoas, 12 mil das quais alojadas em estruturas com capacidade máxima para o acolhimento de 5 mil pessoas.
“Esta situação não pode cair no esquecimento, quer dizer, as autoridades gregas não podem virar as costas” a estas pessoas, diz André Costa Jorge à Rádio Vaticano.
Trata-se de condições de sobrelotação inaceitáveis, não podemos confinar as pessoas e colocá-las em lugares onde não há condições próprias de subsistência”, sublinha o diretor da JRS Portugal.
“Não podemos ficar reféns do fecho de fronteiras, de posições securitárias que visam apenas criminalizar as migrações”, reafirma André Costa Jorge que reforça a ideia de que “é preciso continuar a apoiar aquilo que é o lado certo da História”.
Em entrevista ao nosso correspondente Domingos Pinto, o diretor do JRS Portugal destaca ainda o papel do Papa Francisco “uma voz em favor de uma cultura da hospitalidade, uma cultura que não cede às visões meramente materialistas e economicistas”.
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