2017-11-08 15:14:00

Moçambique: Igreja reflecte sobre os 25 anos de paz e apela à confiança


A Comunidade Sant'Egídio organizou esta segunda-feira (6), em Maputo, a conferência sobre os 25 anos de Paz em Moçambique, proferida virtualmente pelo arcebispo de Bolonha, Dom Matteo Zuppi, um dos mediadores nas negociações de Roma para assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, o qual viria a por termo a guerra civil dos 16 anos em Moçambique.

Segundo Dom Matteo Zupi, a celebração dos 25 anos de Paz em Moçambique, assinalados, a 4 de Outubro findo, foi corolário de muita confiança e paciência por parte de todos os envolvidos nas negociações de Roma. Por isso, apela o prelado, neste processo de diálogo político entre o Governo e a Renamo (o maior partido da oposição), deve haver acima de tudo, confiança e paciência entre as partes.

Entre os presentes na sala de conferências em Maputo, esteve o académico Brazão Mazula, para quem, em 25 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz, a confiança, viu-se quebrada, sobretudo nos últimos três anos, devido à tensão político-militar que afectou o país.

"A necessidade de manter a paz", Núncio Apostólico

Já para o Núncio Apostólico de Moçambique, Dom Edgar Penã Parra, sem paz, não teremos desenvolvimento em Moçambique, não teremos progresso, daí a necessidade da paz. Mas, a paciência e a confiança são indispensáveis no sinuoso caminho da busca da paz efectiva em Moçambique.

Por seu turno, o representante da Comunidade Sant'Egidio em Maputo, e igualmente pároco da Sé Catedral, Pe, Giorgio Ferreti, faz uma avaliação positiva da conferência e afirma que a igreja católica teve uma grande contribuição nas negociações de paz em Moçambique.

De salientar que estava programado que de Dom Matteo Zupi viesse a Maputo para presidir a conferência sobre os 25 anos de Paz em Moçambique, tendo partido da Itália para Adis-Abeba, onde deveria fazer escala para Moçambique, mas o voo para Maputo, foi cancelado. Ainda assim, virtualmente Dom Matteo Zupi, interagiu com os moçambicanos e os participantes gostaram da sua intervenção.

Hermínio José, Maputo.








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