2017-10-28 09:49:00

Moçambique: Sector da Saúde contra venda ilícita de medicamentos


O Sector da Saúde, na cidade de Maputo, lançou esta quarta-feira uma campanha com vista a sensibilizar e educar as comunidades sobre os prejuízos decorrentes do consumo de fármacos vendidos em locais informais.

Durante o lançamento da campanha, a directora de Saúde da cidade de Maputo, Alice de Abreu, indicou que os roubos e desvios de medicamentos constituem uma das causas de desperdícios de recursos e de problemas de disponibilidade de fármacos ao nível do Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Moçambique.

Medicamentos de proveniência duvidosa

“Desde que o estabelecimento, farmácia, mercado formal ou informal ou mesmo pessoa singular não consiga provar a proveniência do seu medicamento, assumimos que este é vendido de forma ilícita e provêm do SNS”, referiu a governante.

De Abreu explicou ainda que este fenómeno constitui um problema grave de saúde pública em Moçambique, pois, como acrescentou a fonte, muitos cidadãos compram medicamentos em locais como mercados sem, no entanto, considerarem os riscos de saúde que podem advir, pois estes podem estar fora do prazo de validade ou não serem os apropriados para tratar a doença de que a pessoa padece, para além poder criar resistência a fármacos. 

Denúncia aos casos de venda ilegal de fármacos

“Pode levar ao agravamento do quadro e, consequentemente, à morte do nosso irmão, filho, pai, amigo, colega de trabalho, por algo que a solução está nas nossas mãos”, chamou atenção a directora de Saúde da Cidade de Maputo, convidando a população a denunciar casos de venda ilegal de medicamentos em qualquer ponto do país. 

Antes mesmo de lançar a campanha, a Saúde, a nível da cidade de Maputo, já realiza actividades de inspecção em diversos locais, como clínicas privadas, farmácias e mercados formais, tendo identificado irregularidades em 11 farmácias, oito unidades sanitárias privadas, dois mercados. Foi ainda possível deter três indivíduos que vendiam fármacos de uso exclusivo do SNS através das redes sociais.

De referir que a iniciativa em alusão, vai abranger todos os distritos municipais da capital do país, até Dezembro deste ano, e insere-se na campanha contra a venda ilegal de medicamentos que está a ser promovida pelo Ministério da Saúde em todo o país.

A campanha decorre sob o lema “Medicamento vendido na rua/mercado faz mal à saúde – não vamos tomar”.

Hermínio José, Maputo








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