2017-10-07 15:44:00

Liga Direitos Humanos condena assassinatos em Moçambique


Moçambique: Liga dos Direitos Humanos condena confrontos armados no norte do paísanos), sendo que desde 1992, 4 de Outubro celebra-se o dia da Paz no país.

Entretanto, ainda na esteira do Dia da Paz, foi barbaramente assassinado a tiros o Edil da Cidade de Nampula, a terceira maior cidade moçambicana. Mahamudo Amurane que ganhou as eleições autárquicas em 2013 pelo Movimento Democrático de Moçambique, partido da oposição, foi assassinado por desconhecidos em sua residência.

Ademais, 24 horas depois da celebração do dia da Paz, viveu-se um intenso tiroteio na vila municipal de Mocimboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

17 mortos em confrontos armados na Mocimboa da Praia

Com efeito, a Polícia da República de Moçambique (PRM) convocou, esta sexta-feira em Maputo, a imprensa para actualizações sobre os confrontos entre a corporação e cerca de 30 homens armados, que assaltaram três unidades da Polícia.

De acordo com o porta-voz do Comando Geral da Polícia, Inácio Dina, dos confrontos, dois polícias foram mortos e 14 membros do grupo dos assaltantes perderam a vida.

"As pessoas abandonaram princípios Morais", Alice Mabota

Estes episódios acontecem escassos dias depois da celebração do Dia da Paz em Moçambique e numa entrevista que a presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos concedeu à Rádio Vaticano em Maputo, Alice Mabota, afirmou que infelizmente as pessoas abandonaram os princípios morais e estes episódios são o cúmulo da imoralidade.

A presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, face aos episódios que se assistem no país, que configuram graves violações dos direitos humanos, deixa um apelo especial aos jovens moçambicanos.

“Trata-se de um acto hediondo e vigorosamente condenável", Chefe de Estado

Por seu turno, o Presidente da República, Filipe Nyusi, afirmou que a morte do edil de Nampula, Mahamudo Amurane, “Trata-se de um acto hediondo e vigorosamente condenável em todos os sentidos, sobretudo por ocorrer no dia em que se exaltava a paz, reconciliação e concórdia no seio da família moçambicana.

Neste sentido, Filipe Nyusi, exorta as forças da lei e ordem para “tudo fazerem com vista a que se esclareça o mais rápido possível, a situação em que ocorreu o crime para que os seus prevaricadores sejam identificados, neutralizados, levados à barra da justiça e, exemplarmente, punidos”.

De referir que em Mocimboa da Praia, retornou na manha desta sexta-feira uma relativa calmia, mas a cidade ainda está literalmente paralisada com as instituições fechadas e população deslocada das suas residências por conta do clima de terror que se instalou naquela parcela do país.

Hermínio José, Maputo








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