A UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura, inscreveu, no passado dia 9 de Julho, na sua lista de Património Mundial da Humanidade, o Cais do Valongo. Trata-se de um Sítio Arqueológico situado no centro do Rio de Janeiro e que engloba toda a actual Praça do Comércio. É a zona portuária mais antiga do Rio.
O Cais foi construído em pedra a partir de 1811 para o desembarque de pessoas levadas da África como escravas para a América do Sul.
Esse Sítio Arqueológico é um grande testemunho do sofrimento e da superação do mesmo pelos africanos que, com a sua presença, enriqueceram o Brasil não só economicamente mas também humana e culturalmente, como revelam as palavras dos estudiosos, Milton Guran, Marta Abreu e Luís António Simas, no vídeo da autoria de Toninho Muricy “Memória do Cais do Valongo” que se pode encontrar no You Tube.
Mas a elevação do Cais do Valongo a Património Mundial da Humanidade é também uma oportunidade de reflexão sobre as questões raciais no Brasil e sobre a escravidão, por forma a que tudo isso não volte a acontecer e se possa construir um Brasil melhor – sublinha Rebeca Otero, Coordenadora interina da Cultura da UNESCO/Brasil.
Para essa Dirigente, com a proclamação do Cais a Património Mundial da Humanidade, inicia uma nova fase de trabalho, em colaboração com a Prefeitura do Rio de Janeiro, para actividades de sensibilização e educação acerca da presença africana no Brasil.
Saiba mais, clicando em baixo para ouvir a rubrica “Década dos Afrodescendentes”
(DA)
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