2017-07-17 11:00:00

Cardeal Sandri leva abraço do Papa aos deslocados da Ucrânia


Prossegue a visita à Ucrânia do Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri. O purpurado encontrou os deslocados aos quais levou a bênção do Papa Francisco.

O Cardeal Sandri exortou a não aceitar o silêncio em relação ao sofrimento de milhares de pessoas, causado pelo conflito. Em entrevista à Rádio Vaticano, eis o que disse a propósito do encontro com os deslocados:

Cardeal Sandri: “Foi um momento muito emocionante, em que eu pude dar uma palavra de consolo a todas as pessoas e dizer-lhes que todos os católicos do mundo, começando pelo Papa, estão próximos a elas não somente com as orações, mas também de modo concreto, para ajudá-las a sair dessa situação. Para nós foi muito bonito ver crianças, mulheres, idosos e muitos, muitos jovens e adolescentes, que não obstante as dificuldades estão seguindo a vida da Igreja, aprofundando a sua vida cristã, dando exemplo de vida apostólica numa região onde existem tantos problemas.”

O senhor ouviu palavras fortes sobre a guerra, sobre a crise em andamento na Ucrânia...

Cardeal Sandri: “Todos nós, todos os católicos, todos os cristãos acreditamos que a solução dos problemas não seja a guerra. Os instrumentos que precisamos para a paz não são as armas. As armas são para outra finalidade. Para a paz é preciso utilizar os instrumentos do diálogo, da reconciliação, do saber entender e conhecer o que os outros pensam, saber entender também os próprios limites e encontrar juntos uma solução. Portanto, não às armas e sim à paz. Este é o grito que surge por todo lado e se vê que as pessoas estão cansadas de sofrer as consequências da guerra, como os deslocados, os que precisam deixar suas casas, os feridos ou pessoas que sofrem também psicologicamente essa situação.”

Que Igreja o senhor encontrou na Ucrânia?

Cardeal Sandri: “Estive sobretudo com os greco-católicos e encontrei também uma grande colaboração entre greco-católicos e latinos. Em todos os lugares onde estive havia sempre o bispo latino e isso para mim foi um grande consolo e estou certo de que seja também para o Santo Padre: ver que essas duas presenças nossas aqui, na Ucrânia, os greco-católicos e latinos, vivem com grande participação a sua fraternidade, a fraternidade do Evangelho. Depois, pude ver também que alguns fiéis não católicos se aproximaram de nossas igrejas para participar da oração e da Divina Liturgia. Portanto, vi uma Igreja viva, uma Igreja pequena, uma Igreja humilde, uma Igreja que há poucos recursos, mas que leva adiante a sua tarefa de anunciar Jesus, a alegria do Evangelho e todas as outras actividades no campo da educação, saúde e promoção social.” (BS/MJ)








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