2017-05-01 09:32:00

Mons. Viganò: grande acolhimento ao Papa no Egipto


O Papa Francisco esteve no Egipto nos passados dias 28 e 29 de abril, numa viagem apostólica marcada pelos valores da paz, da caridade e do ecumenismo. Em particular, o Santo Padre assinou uma declaração conjunta com o Papa Copto-Ortodoxo Tawadros II num ato importante de duas comunidades que se separaram no século V mas que procuram agora o “restabelecimento da plena comunhão”.

Na missa com a comunidade Copto-Católica Francisco afirmou na sua homilia que “o único extremismo permitido aos cristãos é o da caridade”. Transmitimos aqui as declarações proferidas pelo Mons. Dario Edoardo Viganò, Prefeito da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, sobre a viagem de Francisco ao Egipto na reportagem da jornalista italiana da Rádio Vaticano Adriana Masotti:

“O Papa foi ao Egipto como peregrino da paz, procurando os encontros possíveis, os abraços e, sobretudo, para individuar possíveis estradas para que as religiões possam ser protagonistas de aliança e de paz. Portanto, uma viagem que fez passos importantes seja no âmbito de uma responsabilidade das religiões, seja também de um ponto de vista das relações, penso, por exemplo, nos coptas ortodoxos e na declaração conjunta.”

Nesta entrevista à Rádio Vaticano o Mons. Dario Viganò referiu-se aos gestos de Francisco no Egipto, especialmente, o abraço com o grande Imã de Al Azhar. Muito importantes as palavras proferidas por Francisco que acompanharam os seus vários gestos:

“ São muitas. Penso, por exemplo, quando encontrou as autoridades e o Papa disse: ‘A paz é dom de Deus mas também trabalho do homem’. E isto disse-o depois de ter recordado os 70 anos das relações entre a Santa Sé e o Egipto. E ali recordou também como é importante reconhecer os passos feitos pelo Egipto, ou seja, os projetos nacionais para o Médio Oriente. Isto, certamente, é também uma responsabilidade para o povo egípcio. Penso, sobretudo, nas palavras que Francisco dirigiu ao Papa copto-ortodoxo quando falou de ecumenismo de sangue. Depois, a Missa; a Missa foi um momento muito importante, muitos jovens, muitas famílias, falou de morte, ressurreição e vida, recordando os discípulos de Emaús, dizendo: olhai que é preciso aprender a ‘despedaçar o endurecimento dos nossos corações para procurar Jesus’. E ainda aos religiosos quando o Papa, antes de mais, recordou o Evangelho de Lucas dizendo: ‘Não temais, pequeno rebanho’, agradeceu-lhes pelo seu testemunho, pelo facto de estar naquela terra. Disse-lhes para não terem medo do quotidiano; e sobretudo disse depois: atenção, porque nestas situações, às vezes, pode haver uma tentação, que é aquela de tentar fugir, de escapar da cruz. Portanto, uma viagem de grande intensidade espiritual, de grande proximidade humana e sobretudo de grande apoio àqueles passos possíveis que possam ser realizados em nome e a favor da paz.”

(RS)








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