2017-04-07 14:10:00

59 mísseis americanos no ataque à Síria. Sobe a tensão com a Rússia


A Europa trabalhará para a retomada imediata das negociações com a Síria - dizem os presidentes da França, Alemanha e Itália, enquanto no Médio Oriente sobe a tensão depois dos ataques americanos que centraram na noite passada a base aérea síria de Shayrat matando seis militares e nove civis. A Rússia está cerrando fileiras com o presidente Assad, Londres e Israel com os Estados Unidos. O bispo da Síria, Abou Khazen falou de "cenários inquietantes”

O Pentágono anunciou ter lançado nesta sexta-feira (07/04) um ataque contra o exército de Assad, usando 59 mísseis Tomahawk dos navios que se encontram no Mediterrâneo oriental. Para o Governador de Homs no ataque teriam perdido a vida 4 pessoas.

O presidente dos EUA anunciou o ataque em resposta ao massacre de civis com gás no último dia 4 de abril, ataque atribuído ao regime de Damasco. São 59 os mísseis Tomahawk lançados por dois navios dos Estados Unidos no Mediterrâneo oriental, e que atingiram às 03:45, hora local, a base aérea Shayrat, no centro do país: a mesma de onde de acordo com fontes de inteligência teriam partido os aviões que na terça-feira lançaram agentes químicos sobre a província de Idlib, que causaram a morte de 70 pessoas, 30 delas crianças.

Trump justificou o ataque “no interesse vital da segurança nacional dos EUA para evitar e prevenir o uso de armas químicas letais”. Em seguida, um apelo ao mundo, aos “países civilizados” para que se unam com os EUA para “pôr fim - disse ele - ao massacre e ao banho de sangue” na Síria. Uma decisão tomada na última terça-feira.

O Pentágono disse que o ataque dos EUA contra a base aérea na Síria “reduziu a capacidade do governo sírio de usar armas químicas”. Para a Rússia, no entanto, informada sobre o ataque, isso poderia piorar as relações entre Moscovo e Washington. A Rússia decidiu suspender o “memorandum” com a coalizão guiada pelos americanos para a prevenção de incidentes e sobre a garantia da segurança de voos durante a operação na Síria.

Já o ministro da Defesa da Síria, Fahd Yasem al Freich, qualificou nesta manhã o ataque dos Estados Unidos como uma “agressão” e disse que com essa acção Washington se converteu num “sócio” dos terroristas.

As autoridades de Damasco reconheceram que realizaram o bombardeamento contra a localidade de Idlib, na última terça-feira, porém negaram de maneria categórica o uso de armas químicas. Segundo a versão do governo, durante os bombardeios foi atingido um depósito de armas químicas da Frente Al Nusra, introduzidas de contrabando na província a partir da fronteira com o Iraque e Turquia.








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