A prática do aborto ilegal está a preocupar as autoridades da Saúde em Luanda, o ano passado (2016) dezenas de mulheres perderam a vida em consequência desta prática e outras ficaram incapacitadas de voltar a conceber.
À luz da legislação angolana, o aborto é um acto punível por Lei, com uma pena de prisão maior que varia dos 2 aos 8 anos, quando efectivado por motivos cientificamente não justificáveis.
Perante esta situação muitas mulheres recorrem a centros de saúde ilegais, sem as mínimas condições para efectuar o acto, e quando a situação se complica dirigem-se às unidades sanitárias de referência, em busca de socorro, às vezes muito tarde, como nos confirma a directora geral da maternidade Lucrécia Paím, Adelaide de Carvalho.
E na maternidade Augusto Ngangula (Luanda), o aborto provocado e inseguro contribuiu com mais de 6% para as mortes em gestantes, um número considerado alto, segundo o médico Claudino Cipriano.
Boa parte das ocorrências tem acontecido em adolescentes e jovens até aos 25 anos.
Este foi o caso da jovem Miloca (nome fictício), internada na maternidade Augusto Ngangula, a jovem confessou que praticou o acto de forma ilegal, arrependida agora teme em não voltar a engravidar.
A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja católica sanciona com uma pena canónica severa este delito contra a vida humana.
O padre Carlos Correia falou na necessidade de se aprofundar a educação sexual nas famílias.
De Luanda para a Rádio Vaticano Anastácio Sasembele, paz e bem.
All the contents on this site are copyrighted ©. |