2017-01-23 09:36:00

Semana do Papa de 16 a 22 de janeiro


Nesta “Semana do Papa” destaque para a audiência geral de quarta-feira dia 18, a Missa no Oitavo Centenário dos Dominicanos no sábado dia 21 e o Angelus neste III Domingo do Tempo Comum.

Na segunda-feira dia 16 de janeiro o Papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano Alpha Condè, Presidente da República da Guiné-Conacri. Temas principais abordados: desenvolvimento integral da pessoa, preservação do ambiente, combate à injustiça social e à pobreza e o desenvolvimento de políticas adequadas para enfrentar o problema migratório.

Esperança e oração

Quarta-feira, 18 de janeiro: audiência geral com o Papa Francisco na Sala Paulo VI. O Santo Padre propôs uma catequese sobre a esperança cristã. Francisco comentou o texto bíblico do Génesis sobre o episódio em que o Senhor envia o profeta Jonas a Nínive para converter os habitantes daquela grande cidade israelita que eram pagãos.

O Papa referiu que as situações difíceis da nossa vida levam-nos a descobrir a oração, a esperança de salvação, a esperança no Deus da vida. A esperança torna-se oração.

“Muitas vezes, desdenhamos com facilidade o dirigir-se a Deus como se fosse só uma oração interessada, e por isso imperfeita. Mas Deus conhece a nossa fraqueza, sabe que nos recordamos d’Ele  para pedir ajuda, e com o sorriso indulgente de um pai, Deus responde com benevolência.”

“Que o Senhor nos faça compreender isto, a ligação entre a oração e a esperança. A oração te leva para a frente na esperança e quando as coisas se tornam escuras… mais oração! E haverá mais esperança.”

Destaque nesta audiência geral para as palavras do Santo Padre a propósito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Francisco exortou os cristãos a olharem mais para aquilo que os une do que para aquilo que os divide para, assim, abrirem-se à reconciliação:

“ Rezemos ao Senhor para que todas as comunidades cristãs abram-se cada vez mais à reconciliação. O Espirito nos inunde de benevolência e compreensão, como também da vontade de colaborar.”

A vida cristã é uma luta

“A vida cristã é uma luta. Deixemo-nos atrair por Jesus” – esta foi a principal mensagem do Papa Francisco na Missa celebrada na Casa de Santa Marta, na manhã de quinta-feira dia 19 de janeiro:

“Esta é a verdade; esta é a realidade que cada um de nós sente quando Jesus se aproxima. Os espíritos impuros tentam impedi-lo, nos fazem guerra. ‘Mas, Padre, eu sou muito católico; sempre vou à missa… Mas jamais, jamais tenho essas tentações. Graças a Deus!’ – ‘Não! Reze, porque você está no caminho errado!’. Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta: uma luta de todos os dias. Uma luta!”

Na “sociedade líquida” as boas obras da vida

O Papa Francisco presidiu na tarde de sábado, 21 de janeiro, na Basílica de S. João de Latrão em Roma à Solene Eucaristia de conclusão do Jubileu dos 800 anos da fundação da Ordem dos Pregadores, tradicionalmente conhecidos por Dominicanos.

Foi a 21 de janeiro de 1217 que S. Domingos de Gusmão recebeu do Papa Honório III a Bula que permitiu a criação da Ordem dos Pregadores.

Francisco na sua homilia falou sobre a “sociedade líquida” onde hoje nos movemos, uma sociedade “sem pontos fixos, desequilibrada, sem referências sólidas e estáveis; na cultura do efêmero, do usa e deita fora”. Nesta sociedade os discípulos de Jesus devem tornar-se “sal” e “luz” fazendo as boas obras da vida – disse o Papa.

Levar o Evangelho a todos os espaços da vida

No Angelus do III Domingo do Tempo Comum o Papa Francisco refletiu sobre a leitura do Evangelho que narra o início da pregação de Jesus escolhendo os seus companheiros.

Jesus anuncia o Reino de Deus, um reino que, contudo, não comporta a instauração de um novo poder político mas o “cumprimento da aliança entre Deus e o seu povo que inaugurará uma época de paz e justiça”.

“Jesus opta por ser profeta itinerante. Não fica à espera das pessoas, mas vai ao seu encontro. As suas primeiras saídas missionárias  dão-se  ao longo das margens do lago da Galileia, em contacto com a multidão, de modo particular os pescadores” – afirmou Francisco.

É saindo ao encontro das pessoas que Jesus procura os seus companheiros de missão. Encontra Simão Pedro e seu irmão André e também Tiago e seu irmão João. Convida-os a seguirem-no dizendo-lhes que fará deles “pescadores de homens”. O Santo Padre referiu o facto de que nós podemos hoje proclamar e dar testemunho da nossa fé graças àquele primeiro anúncio:

“A consciência destes inícios suscite em nós o desejo de levar a palavra, o amor, a ternura de Jesus a todos os contextos, mesmo ao mais impérvio e refratário. Levar a palavra a todas as periferias. Todos os espaços da vida humana são terrenos onde lançar a semente do Evangelho, a fim de que dê frutos de salvação” – declarou.

Depois da oração do Angelus o Papa Francisco expressou a sua proximidade para com as populações de Itália que foram vítimas de uma derrocada devido ao terramoto e aos fortes nevões que provocou vários mortos.

E com o Angelus deste domingo, terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 16 a 22 de janeiro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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