2016-12-12 09:39:00

Semana do Papa de 5 a 11 de dezembro


Nesta “Semana do Papa” destaque para a audiência geral de quarta-feira dia 7 de dezembro e para o Angelus deste III Domingo do Advento.

A esperança cristã é dos pequeninos

Quarta-feira, dia 7 de dezembro: na audiência geral na Sala Paulo VI o Papa iniciou um ciclo de catequeses sobre o tema da esperança cristã. De modo particular neste tempo litúrgico do Advento “é importante refletir sobre a esperança” – disse o Santo Padre.

Francisco fez referência ao profeta Isaías que, por ordem de Deus consola e encoraja o seu povo exilado na Babilónia. Com o exílio, perdeu tudo: a pátria, a liberdade, a dignidade e até a confiança em Deus. Sentia-se abandonado e sem esperança. Tudo na vida lhe parecia um deserto; mas é precisamente aí que Deus decidiu descer.

O Santo Padre recordou também João Batista que grita: «Preparai o caminho do Senhor endireitai as suas veredas» e o facto de que no tempo de Batista o povo israelita sofria sob a dominação dos Romanos, que o tornava estrangeiro na sua própria pátria, governado pelos poderosos que decidiam como queriam da vida do povo.

Mas a verdadeira história não é a história feita pelos poderosos mas pelos pequenos afirmou o Papa:

“Mas a verdadeira história não é aquela feita pelos poderosos, mas aquela feita por Deus juntamente com os seus pequeninos. Aqueles pequenos e simples que encontramos com Jesus quando nasce: Zacarias e Isabel, idosos e marcados pela esterilidade, Maria, jovem rapariga virgem prometida em casamento a José, os pastores de Belém, que eram desprezados e não contavam nada. São os pequeninos, tornados grandes pela sua fé, os pequeninos que sabem continuar a esperar.”

No final da audiência geral o Papa Francisco fez um apelo contra a corrupção e pelos direitos humanos:

“ Nos próximos dias acontecem duas importantes jornadas promovidas pelas Nações Unidas: contra a corrupção no dia 9 de dezembro e aquela pelos direitos humanos de dia 10 de dezembro. São duas realidades estreitamente ligadas: a corrupção é o aspeto negativo a combater, a começar pela consciência pessoal e vigiando sobre os ambientes da vida civil, especialmente, sobre aqueles mais em risco; os direitos humanos são o aspeto positivo a ser promovido com decisão sempre renovada, para que ninguém seja excluído do efetivo reconhecimento dos direitos fundamentais da pessoa humana. O Senhor nos apoie neste dúplice compromisso.”

Papa confia à Imaculada Conceição as necessidades do mundo

Na tarde de quinta-feira 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, o Santo Padre esteve na Praça de Espanha, no centro de Roma, para renovar o tradicional ato de homenagem e de oração aos pés da imagem da Imaculada. Após saudar populares presentes na Praça de Espanha, Francisco depositou flores aos pés do monumento e recitou a seguinte oração:

“Ó Maria, nossa Mãe Imaculada, no dia de tua Festa venho a Ti, e não venho sozinho: trago comigo todos aqueles que o teu Filho me confiou, nesta cidade de Roma e em todo o mundo, para que Tu os abençoes e os salves dos perigos.”

Jesus vem à nossa vida como libertador

Domingo, 11 de dezembro, Angelus com o Papa na Praça de S. Pedro. Francisco disse que Jesus indica o caminho da fidelidade e da perseverança.

Este III Domingo do Advento, segundo o Santo Padre, carateriza-se pelo convite de S. Paulo: “Alegrai-vos sempre no Senhor”, “O Senhor está próximo!”. “Não é uma alegria superficial ou puramente emotiva, nem sequer aquela mundana ou do consumismo, mas trata-se de uma verdadeira alegria, da qual somos chamados a redescobrir o sabor” – assinalou o Papa.

A Liturgia da Palavra deste domingo oferece-nos o contexto adequado para compreender a viver esta alegria – disse o Santo Padre. Isaías fala de “deserto” de “terra árida” e aponta um quadro de uma “situação de desolação” de um destino inexorável sem Deus – disse Francisco.

A salvação anunciada por Isaías realiza-se em Jesus e Ele mesmo o afirma respondendo aos mensageiros enviados por João Batista: “os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados” (Mt 11,5).

“Somos chamados a deixarmo-nos envolver pelo sentimento de exultação, da qual está plena a liturgia do dia, para a vinda do Senhor na nossa vida como libertador. É Ele que nos indica o caminho da fidelidade, da paciência e da perseverança, para que no seu regresso, a nossa alegria será completa” – disse o Papa.

Após a oração do Angelus o Papa Francisco fez um apelo pela população da cidade de Aleppo na Síria: famílias, crianças, idosos e pessoas doentes. O Santo Padre pediu para que não nos habituemos “à guerra e à destruição” num país cheio de história, de cultura e de fé: “não à destruição, sim à paz, sim à gente de Aleppo e da Síria” – declarou o Papa.

No III Domingo do Advento a tradição faz com que a Praça de S. Pedro se encha de crianças e adolescentes para a tradicional bênção dos “bambinelli” que são as pequenas imagens do Menino Jesus que as crianças romanas levarão para o presépio. “Pedi ao Menino Jesus para ajudar-nos todos a amar a Deus e ao próximo” – disse-lhes Francisco que no final saudou também o coro do Mosteiro de Grijó em Portugal presente na Praça.

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 5 a 11 de dezembro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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