2016-12-01 12:05:00

Francisco encoraja novas vocações: sair de si mesmos


Foi publicada nesta quarta-feira (30/11) a Mensagem do Papa Francisco para o 54° Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a decorrer no próximo dia 7 de maio. No documento, o Santo Padre centra-se nos aspectos que caracterizam o chamamento do Senhor.

O que caracteriza a vocação cristã? Papa Francisco esclarece este ponto logo no início do documento. É o convite a "sair de si mesmo" para se colocar em escuta, guiados pelo Espírito Santo, pela voz do Senhor, vivendo a experiência da comunidade eclesial, como lugar privilegiado no qual a chamada de Deus nasce, se alimenta e se exprime. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e se pôs na sequela de Jesus - escreve o Pontífice – descobre logo, dentro de si, o irreprimível desejo de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e o serviço na caridade. Na prática, é a atitude do ser e do sentir-se missionários, de quem é amado por Deus e não pode reter esta experiência somente para si.

"A alegria do Evangelho que preenche a vida da comunidade dos discípulos - escreve ainda citando a Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium'- é uma alegria missionária". É precisamente a relação com o Senhor – continua Francisco - que implica o ser enviado ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor. E é Deus que nos ajuda a enfrentar, nesta caminhada, a fragilidade, o sentimentos de inadequação, o pessimismo, para reafirmar que, em virtude do Baptismo, cada cristão é portador de Cristo aos outros. E isso – ressalta o Papa – vale de modo particular para aqueles que são chamados a uma vida de especial consagração, e também  para os sacerdotes, que generosamente, com confiança e serenidade, responderam: "Aqui estou, Senhor, envia-me!"

Inspirando-se emr três passagens do Evangelho, Francisco explica o que significa ser discípulo missionário. Em primeiro lugar, como Cristo, ser ungido pelo Espírito e ir aos irmãos para anunciar a Palavra, tornando-se para eles um instrumento de salvação. Em seguida, sentir a presença viva de Jesus, que continua a caminhar ao nosso lado como com os discípulos de Emaús, que partilha o empenho da missão, tornando mais leves os momentos de desânimo. Finalmente – recorda o Papa - olhar com confiança para o Senhor, que excede as nossas expectativas e nos surpreende com a sua generosidade, fazendo germinar os frutos do nosso trabalho para além dos cálculos da eficiência humana. Não deve, pois, faltar a oração, assídua, contemplativa, a escuta da Palavra de Deus e o cuidado do relacionamento pessoal com o Senhor na adoração eucarística.

O Papa encoraja a ser amigos íntimos do Senhor e implora do alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa de ser guiado por pastores que passem a sua vida ao serviço do Evangelho, apaixonados pelo Evangelho, sinal vivo do amor misericordioso de Deus. Finalmente, na mensagem, a referência do Papa aos jovens: "Perante a generalizada sensação de uma fé cansada, os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sempre actual da figura de Jesus, de se deixar questionar e provocar pelas suas palavras e pelos seus gestos, e de sonhar com uma vida plenamente humana, feliz de se gastar no amor. (BS)








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