2016-11-10 10:09:00

Macau: novo museu de arte sacra abre no Seminário de S. José


Em Macau, abriu ao público um novo museu que reúne os objectos e parte do espólio artístico-religioso recolhido e acumulado pelos missionários, na Ásia, desde o século XVI. Objectos proetegidos pela Unesco e que estão agora aos olhos públicos no Seminário de São José.

Chama-se “Tesouro de Arte Sacra do Seminário de S. José”, foi inaugurado este mês e reúne uma plêiade de objectos artisticos trazidos para Macau pelos missionarios católicos, em especial pelos jesuítas, de toda a Ásia ao longo dos séculos.

São sete salas, com pinturas a óleo, imagens de santos, indumentárias, há também documentos e livros escritos pelos próprios missionários – testemunhos dos primeiros tempos do catolicismo, na China. Há objetos de Portugal, de Goa, há dicionários vários. “Porque as pessoas têm curiosidade em saber como os missionários aprenderam as línguas e como foram capazes de escrever um dicionário”, disse o padre Jojo Ancheril na agência Lusa. “Um compromisso dos missionários” com as populações, destaca.

Ele é um dos animadores deste projecto. Considera que este novo museu é importante “porque traduz um valor acrescido para a população local”, disse ainda o sacerdote.

Grande parte dos objectos agora expostos no Seminário de Sáo José é considerada relíquia cultural de Macau. Desde 2010, constam da lista chamada “Memória do Mundo”, alimentada pela Unesco.

Mas não é apenas do ponto de vista cultural que é óbvia importância deste museu de arte. Também, em termos religiosos, é relevante.

O padre Jojo Ancheril destacou também a importância do museu no âmbito do turismo religioso. Em Macau, há cada vez mais turistas peregrinos do Japão, da Coreia do Sul e mesmo da China continental, ou até da Índia, que aqui se deslocam para visitar as igrejas, e para conhecer a relíquia de São Francisco Xavier. “Como este museu está adjacente à igreja (do Seminário de São José, onde se encontra em exposição), as pessoas estão bastante interessadas em visitar este museu”, repara ainda o sacerdote.

Também aqui se encontra o lastro de quase 500 anos da presença de Portugal. A diocese de Macau é a mais antiga do Extremo Oriente ainda em funcionamento – a primeira foi a Arquidiocese de Pequim, erigida em 1307, mas essa o tempo já apagou.

Em Macau, Carlos Picassinos








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