2016-05-31 10:14:00

Violências contra cristãos coptas condenadas no Egipto


Casas e lojas pertencentes a cristãos coptas saqueadas e incendiadas aos gritos de “Allah Akbar”, uma idosa cristã de 70 anos insultada, surrada e por fim obrigada a caminhar nua pelas ruas da cidade. Os factos, ocorridos nos dias passados no povoado de al Karm, Província de Minya,  tiveram ampla repercussão no Egipto, especialmente pela violência contra a senhora idosa, sendo deplorados quer por cristãos como por muçulmanos: “Tristeza e dor: ninguém está contente e feliz pelo ataque”, comentam.

Segundo algumas testemunhas, aos gritos de “Deus é grande”, os grupos diziam que “os infiéis deveriam ir embora”. Depois, incendiaram sete casas pertencentes a cristãos, deram tiros e passaram a saquear lojas.

O Patriarca Copta Ortodoxo, Tawadros II, divulgou um comunicado onde manifesta o temor de que os factos ocorridos em al Karm possam ser utilizados para desencadear uma nova espiral de violência confessional, apelando à calma e convidando a comunidade “a dar provas de autocontrole e sabedoria”, com o objectivo de “preservar a paz social”.

Da mesma forma o Presidente Abdel Fattah al Sisi, através de um comunicado, fez um apelo aos ministérios competentes para que os responsáveis pelas violências em al Karm sejam identificados e punidos de forma exemplar. Segundo a imprensa local, ao menos cinco pessoas foram presas pelas participação nos actos de violência.

Uma presumível relação sentimental entre um egípcio copta (filho da senhora de 70 anos agredida) e uma mulher muçulmana teria desencadeado a fúria de alguns grupos locais. Para o porta-voz da Igreja Católica egípcia, Padre Rafic Greiche, no entanto, a existência do  “romance” foi apenas “um pretexto” inventado por grupos radicais que se escondem nas montanhas para “atacar a comunidade cristã local". Para o sacerdote, o acontecimento atinge todo o povo egípcio, cristãos e muçulmanos. (BS/JE)








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