2016-05-09 09:25:00

Semana do Papa de 2 a 8 de maio


Nesta “Semana do Papa” destaque especial para a Vigília de Oração para enxugar as lágrimas de quem sofre no corpo e na alma organizada no âmbito do Jubileu da Misericórdia.

Mas começamos esta nossa síntese das principais atividades do Santo Padre na semana de 2 a 8 de maio com a Missa em Santa Marta de dia 3 de maio na qual o Papa afirmou que Jesus é o caminho mas, alguns cristãos parecem múmias… estão parados!

Jesus é o caminho, mas alguns cristãos parecem múmias

Terça-feira, 3 de maio – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que no caminho da vida cristã é importante verificar constantemente se estamos a seguir com coerência ou se a experiência de fé foi perdida ou interrompida ao longo do caminho.

Jesus é o caminho mas alguns cristãos parecem múmias pois não caminham, não fazem o mal mas também não fazem o bem. São uma espécie de “múmias espirituais” – observou o Santo Padre:

“Está parado. Desculpem-me a palavra, mas é como se fosse uma ‘múmia’, uma ‘múmia espiritual’. Parados... Não fazem mal, mas não fazem o bem”.

O Papa Francisco deixou algumas pistas de reflexão:

“Como vai o “caminho cristão que iniciei no Batismo?”

“Está parado?”

“Errei o caminho?”

“Vagueio continuamente e não sei para onde ir espiritualmente?”

“Paro diante das coisas que gosto: a mundanidade, a vaidade, ou vou sempre em frente, tornando concretas as bem-aventuranças e as obras de misericórdia?”

E o Papa Francisco pediu cinco minutos para refletirmos sobre a pergunta do dia: “Como sou eu neste caminho cristão?”

Nenhuma ovelha pode ser perdida

Quarta-feira, 4 de maio – na audiência geral na Praça de S. Pedro o Papa Francisco propôs uma catequese sobre a parábola da ovelha perdida na qual mostrou a solicitude de Jesus pelos pecadores e a misericórdia de Deus que não quer nem se resigna a perder ninguém.

Segundo o Santo Padre, a misericórdia para com os pecadores é o estilo do agir de Deus. E a este estilo Deus é absolutamente fiel: nada nem ninguém O pode afastar desta sua vontade de todos salvar. É capaz de deixar as noventa e nove ovelhas no deserto, para ir à procura da que anda perdida – sublinhou Francisco.

Com isto, Jesus quer fazer-nos refletir sobre o modo como vivemos a nossa fé. Para encontrar o Senhor, temos de O procurar, não onde nós pretendemos encontrá-Lo, mas onde Ele nos quer encontrar: e o pastor só pode ser encontrado, onde está a ovelha perdida – declarou o Papa que deixou claro que o pastor que vai à procura da ovelha perdida, provoca as outras noventa e nove para que participem na reunificação do rebanho:

“O ensinamento que Jesus nos quer dar é que nenhuma ovelha pode ser perdida” – disse o Santo Padre.

Choro de Jesus é antídoto contra a indiferença

Quinta-feira, 5 de maio no final da tarde o Papa Francisco presidiu na Basílica de S. Pedro a uma Vigília de Oração para enxugar as lágrimas de quem sofre no corpo e na alma.

Testemunhos e preces em momentos de grande comoção e intensidade. Os fiéis presentes ouviram o Santo Padre afirmar que a oração é o verdadeiro medicamento para o sofrimento.

Na dor “não estamos sós” porque Jesus “sabe o que significa chorar pela perda de uma pessoa amada” – disse o Papa recordando o Evangelho de João que nos conta a passagem em que Jesus se comove vendo Maria chorar pela morte do irmão Lázaro. Lágrimas de Jesus que “desconcertaram tantos teólogos” – disse o Santo Padre – mas que “lavaram tantas almas”:

“O choro de Jesus é o antídoto contra a indiferença pelo sofrimento dos meus irmãos. Aquele choro ensina a fazer minha a dor dos outros, a tornar-me participante do desconforto e do sofrimento de quantos vivem nas situações mais dolorosas. Toca-me para me fazer percecionar a tristeza e o desespero de quantos viram subtraírem o corpo dos seus caros e não têm sequer um lugar onde poder encontrar consolação. O choro de Jesus não pode permanecer sem resposta da parte de quem crê n’Ele.”

Muitas são as lágrimas versadas “a cada instante no mundo” provocadas pela maldade humana. “Lágrimas de avós, de mães, de pais, de crianças” – afirmou o Santo Padre que considerou serem as razões do coração as únicas a fazerem luz no íntimo de cada um:

“A razão sozinha não é capaz de fazer luz no íntimo, de colher a dor que sentimos e fornecer a resposta que esperamos. Nestes momentos, temos mais necessidade das razões do coração, as únicas em grau de fazer-nos compreender o mistério que circunda a nossa solidão.”

Papa recebeu o Prémio Carlos Magno

Na sexta-feira dia 6 de maio o Papa Francisco recebeu o Prémio Carlos Magno, uma das mais importantes condecorações da Europa. A cerimónia decorreu na Sala Regia no Vaticano, e estiverem presentes personalidades a quem também foi atribuído este prémio no passado, tal como a Chanceler alemã Angela Merkel e o Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. 

O Prémio Carlos Magno reconhece o trabalho excecional de figuras públicas ou instituições no serviço para a unidade europeia. A condecoração tem o nome de Carlos Magno, primeiro imperador do Sacro Império Romano, coroado pelo Papa Leão III.

Testemunhar a vida nova com Jesus Ressuscitado

Domingo, 8 maio – Regina Coeli com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro no Domingo da Ascensão do Senhor. Neste dia “contemplamos o mistério de Jesus que sai do nosso espaço terreno para entrar na plenitude da glória de Deus levando consigo a nossa humanidade” – disse o Santo Padre.

Francisco recordou o Evangelho de S. Lucas que nos revela “a reação dos discípulos” que se prostraram perante Jesus e depois voltaram para Jerusalém com alegria porque a partir daquele dia sabiam que o “Deus connosco” fica para sempre e “nunca nos deixa sós”.

Desta forma, os discípulos “regressam à cidade como testemunhas” que com alegria anunciam a todos a vida nova que vem do Ressuscitado. São testemunhas que “pregam a todos os povos a conversão e o perdão dos pecados”:

“Este é o testemunho, feito não só com as palavras mas também com a vida quotidiana, que em cada domingo deveria partir das nossas igrejas para entrar durante a semana nas casas, nos escritórios, na escola, nos lugares de encontro e divertimento, nos hospitais, nas prisões, nas casas para pessoas idosas, nos lugares cheios de imigrantes, nas periferias da cidade…”

O Espírito Santo é o verdadeiro artífice do multiforme testemunho de cada batizado e é com a sua potência que se reveste a missão dos cristãos “para anunciar” o amor e a misericórdia de Deus nos ambientes das nossas cidades – afirmou o Papa.

O Santo Padre exortou os cristãos a ficarem, nesta semana que nos leva ao Pentecostes, “espiritualmente no Cenáculo, juntamente com a Virgem Maria, para acolher o Espírito Santo”.

Por este motivo, o Papa Francisco anunciou a sua proximidade para com os milhares de fiéis reunidos na manhã de domingo no Santuário Mariano de Pompeia em Itália para a Súplica a Nossa Senhora do Rosário.

Após a oração do Regina Coeli o Papa Francisco recordou o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais celebrado neste Domingo da Ascensão do Senhor.

A todos quantos trabalham na comunicação o Santo Padre enviou uma cordial saudação fazendo votos para que o modo de comunicar na Igreja tenha sempre um claro “estilo evangélico”, um estilo que una a verdade e a misericórdia.

Referência importante do Papa no Regina Coeli para o Dia da Mãe que se celebra em Itália e em tantos outros países. Com os fiéis presentes na Praça de S. Pedro Francisco rezou a Maria Mãe de Jesus e a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.

E com o Regina Coeli deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 2 a 8 de maio. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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