2016-03-07 15:45:00

Semana do Papa de 1 a 6 de março


Destaque nesta “Semana do Papa” para a Celebração Penitencial e a iniciativa ’24 horas para o Senhor’. No Angelus o Santo Padre falou dos mártires vítimas da globalização da indiferença.

Na terça-feira, dia 1 de março, o Papa Francisco na Missa em Santa Marta exortou os cristãos a prepararem o coração, nesta Quaresma, para o perdão de Deus, para perdoarmos como Ele, ou seja, esquecendo as culpas dos outros.

Na quarta-feira, 2 de março, na audiência geral o Santo Padre na sua catequese falou sobre misericórdia e a correção do Pai que ajuda a crescer os seus filhos.

Partindo do texto bíblico de Isaías, o Papa colocou em evidência a amargura de um pai desiludido que gerou e fez crescer filhos, que agora se revoltaram contra Ele. Embora ferido, Deus deixa falar o amor e faz apelo à consciência destes filhos degenerados, para que se convertam e se deixem amar de novo. A missão educativa dos pais tem em vista fazer crescer os filhos em liberdade, torná-los responsáveis, capazes de fazer o bem – afirmou o Papa.

Nesta sexta-feira dia 4 de março o Papa Francisco presidiu à Celebração Penitencial na Basílica de S. Pedro dando início à iniciativa mundial “24 horas para o Senhor” que tem como objetivo fazer descobrir o Sacramento da Reconciliação nesta Quaresma.

O Evangelho segundo S. Marcos relatou a passagem do cego Bartimeu e o Santo Padre considerou na sua homilia ser este um trecho de grande “valor simbólico” e existencial que demonstra como o pecado, tal como a cegueira que pode conduzir à pobreza e a viver na margem, pode empobrecer e isolar.

A cegueira do espírito – disse o Papa – “impede de ver o essencial, de fixar o olhar sobre o amor” e leva-nos a sermos superficiais e insensíveis aos outros e ao bem. E as tentações fazem enevoar o coração:

“Quantas tentações têm a força de enevoar a vista do coração e de torná-lo míope! Como é fácil e errado crer que a vida dependa daquilo que se tem do sucesso ou da admiração que se recebe; que a economia seja feita só de lucro e de consumo; que as próprias vontades individuais devam prevalecer sobre a responsabilidade social! Olhando apenas para o nosso eu, tornamo-nos cegos, desligados e fechados em nós mesmos, sem alegria e sem liberdade. É tão feio…”

É a presença de Jesus que nos faz parar – continuou o Santo Padre – que nos faz perceber que longe d’Ele falta-nos a Luz que nos convida a não ficarmos fechados nas nossas escuras cegueiras. A Sua presença faz-nos sentir necessitados de salvação e “isto é o início da cura do coração” – afirmou o Papa.

No entanto, como nos diz o Evangelho – observou Francisco – há sempre alguém que não nos quer fazer parar, alguém que não quer ser perturbado por quem grita a sua própria dor, preferindo fazer calar o pobre que aborrece.

Eis, assim, a tentação de continuar distantes do Senhor – disse o Papa – deixando os outros também afastados de Jesus. Mas, talvez seja este o momento de não deixar fugir o Senhor que passa:

“ Este Jubileu da Misericórdia é o tempo favorável para acolher a presença de Deus, para experimentar o seu amor e regressar a Ele com todo o coração…deitemos fora aquilo que impede de ser enviados no caminho para Ele, sem medo de deixar aquilo que dá segurança e a que estamos presos; não fiquemos sentados, levantemo-nos, reencontremos a nossa estatura espiritual, de pé, a dignidade de filhos amados que estão perante o Senhor para serem por Ele olhados, perdoados e recreados. E a palavra que talvez hoje chega ao nosso coração é a mesma da criação do homem: ‘Levanta-te! Deus criou-nos de pé: Levanta-te’. “

Neste momento da sua homilia o Papa Francisco dirigiu-se, em particular, aos Pastores e disse-lhes que são chamados a rever alguns comportamentos que “às vezes não ajudam os outros a aproximarem-se de Jesus”: os horários, os programas, as regras humanas, a rigidez podem afastar da ternura de Deus – declarou o Santo Padre que exortou os Pastores a infundirem coragem, a acompanharem porque foram escolhidos para suscitarem a conversão e para serem instrumentos que facilitam o encontro:

“Nós fomos escolhidos, nós pastores, para suscitar o desejo da conversão, para ser instrumentos que facilitam o encontro, para estender a mão e absolver, tornando visível e operante a sua misericórdia. Que cada homem e mulher que se aproxime do confessionário encontre um pai, encontre um pai que o espera. Que encontre o pai que perdoa.”

No Angelus deste domingo dia 6 de março o Papa Francisco expressou a sua proximidade para com as Missionárias da Caridade pelo “grave luto que as atingiu há dois dias com a morte de quatro religiosas em Aden, no Yemen, onde assistiam idosos. Rezo por elas e pelas outras pessoas mortas no ataque e pelos familiares.”

“Estes são os mártires de hoje e não são primeira página dos jornais, não são notícia, estes dão o seu sangue pela Igreja.”

“Estes são vítimas do ataque daqueles que os mataram e também da indiferença, desta globalização da indiferença.”

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 1 a 6 de março. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








All the contents on this site are copyrighted ©.