Irlanda: a Igreja a caminho do Sínodo sobre a família

Armagh - Faltam 50 dias para o início do Sínodo geral ordinário sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, que se realizará no Vaticano de 4 a 25 de outubro. Em vista deste importante evento, Dom Eamon Martin, Arcebispo de Armagh e Primaz da Irlanda, convidou os fiéis a recitarem uma Ave-Maria ao dia, dedicando-a à família. “Peço a todos que rezem - disse o prelado - para que o Sínodo possa oferecer, à Igreja e ao mundo, iniciativas pastorais que incentivem novos esforços na partilha da alegria do Evangelho na vida quotidiana”.

A exortação de Dom Martin foi feita neste sábado, 15 de agosto, durante a Missa da Solenidade da Assunção, celebrada na Basílica mariana de Co Mayo, por ocasião da Novena anual a Nossa Senhora de Knock, Raínha da Irlanda. Este ano, o tema do evento foi “Fé e família” e foi pensado precisamente em linha com o próximo Sínodo dos Bispos.

Na sua homilia, o Primaz da Irlanda se concentrou também na figura da Virgem Maria, indicando-a como modelo de entrega total à Deus, como Aquela que “nos recorda a beleza, a dignidade e o verdadeiro potencial de cada ser humano”, especialmente nestes tempos, em que “a cultura, os valores e as atitudes que nos circundam parecem esmagar-nos”. Maria – disse ainda o prelado - simboliza “a vitória da dignidade humana sobre a ganância, sobre o pecado e sobre a corrupção”, pois Ela mostra que consagrar-se a Deus significa encontrar n’Ele “algo precioso, uma vida de plenitude e de alegria”.

Daqui a chamada de atenção que Dom Martin fez em relação ao Ano da Vida Consagrada, convocado pelo Papa Francisco e em curso até 02 de fevereiro de 2016. Agradecendo todos os consagrados e religiosos da Irlanda, o prelado elogiou “a sua imensa contribuição” não só ao país, mas também ao mundo inteiro, no campo da educação, saúde, capelanias carcerárias, da missão com os marginalizados e esquecidos pela sociedade, com os idosos e os deficientes. “Em vós - disse o bispo irlandês, falando diretamente aos consagrados - vemos refletida de maneira especial a presença de Maria, pois Ela é o modelo perfeito de vida consagrada”, da “alegria de viver”. “Trata-se de uma vocação – disse ainda o prelado - que pode fazer a diferença diante da cultura da morte, do descartável que hoje, também muitas vezes, oferece falsas promessas aos jovens”.

Finalmente,  Dom Martin concluiu a sua homilia com uma oração à Nossa Senhora, invocando a sua guia para que todos possam encontrar a sua vocação na vida.