Egipto: Jihadistas atacam o exército e provocam 36 mortos

 Em conformidade com notícias de fontes locais médicas e de segurança citadas pela AFP o grupo jihadista do auto-denominado Estado Islâmico (EI) lançou nesta quarta-feira uma série de ataques sem precedentes contra o exército no Sinai egípcio fazendo 36 mortos, na sua maioria soldados. Trata-se de um novo duro golpe contra o governo do presidente Egípcio Abdel Fattah al-Sissi.

Os confrontos eclodiram entre soldados e jihadistas após a onda de ataques, que também tinham causado 38 mortes entre os extremistas no Sinai do Norte, leste do Egipto. Segundo as mesmas fontes os combates continuaram na tarde desta quarta-feira. "Esta é uma guerra. A batalha continua", disse um oficial militar egípcio, citado pela  AFP tendo acrescentado:  "dado o número de terroristas mobilizados e as armas utilizadas (estes ataques) são de uma potência sem precedentes".               

 Os ataques ocorrem dois dias após o assassinato no Cairo do Procurador-geral do Egipto num ataque com bomba, o mais alto representante do Estado a ser morto desde o início da onda de ataques jihadistas em 2013. Apesar de o assassinato não ter sido reivindicado, Ansar Beit al-Maqdess convocou no mês passado seus partidários a atacar os juízes em resposta ao enforcamento de seis homens condenados por realizar ataques em nome do grupo. Os jihadistas dizem agir em retaliação à sangrenta repressão contra os pró-Mursi, que já fez mais de 1.400 mortos.