2015-05-19 13:50:00

Cáritas-África passa a fazer parte do SCEAM com sede em Acra


Decorreu a semana passada em Roma, a XX Assembleia Geral da Cáritas Internacional. Para além do debates sobre questões ecológica, o objectivo era também o de fazer um balanço geral, disse-nos D. Francisco Sílota, bispo de Chimoio em Moçambique e Presidente cessante da Cáritas-África.

Antes do início da Assembleia geral, houve de 10 a 12 a 8ª Conferência da Caritas-África em que participou mais de uma centena de delegados de vários países africanos, e que teve como tema orientador “O amor de Cristo nos exorta: juntos a serviço dos pobres”. Um tema desafiador segundo D. Silota, que explicou:

Jacques Dinan, Secretário (cessante) da Cáritas-África nos últimos 8 anos, considera que nos últimos quatro anos deram um outro passo importante na vida dessa organização caritativa africana: a sua integração no seio do SCEAM, Simpósio das Conferências Episcopais da África, com sede na capital do Gana…

“Nos últimos quatro anos conseguimos aproximarmo-nos do SCEAM, e a partir deste encontro, Cáritas-África torna-se parte integrante do SCEAM, o que quer dizer que estamos agora mais no seio da Igreja. Quisemos corrigir uma anomalia, porque não havia ligação orgânica entre a Cáritas-África e o SCEAM; mas agora já se deu este passo. Acho que é uma coisa muito boa, porque Cáritas é a Igreja e é importante que trabalhe no seio do SCEAM. Tudo isto foi feito para que a identidade eclesial da Cáritas-África se afirme cada vez mais. Foi um grande passo neste sentido e a prova disso é que temos aqui neste encontro em Roma, mais de 30 bispos da África. Isto mostra que os nossos bispos põem em prática o Motu Próprio, em que se diz que há três pilares, um dos quais, a Caridade que é tão importante como a Palavra e os Sacramentos. Acho que a mensagem passou com o Motu Próprio do Papa Bento XVI em Dezembro de 2012, se a memória não me falha; aliás esse Motu Próprio surgiu pouco tempo depois do nosso encontro de Kinshasa, e nós nos apoiamos em tudo isso. Assim, hoje a acção da Cáritas se situa mais no seio da Igreja.”

Um desses cerca de trinta bispos africanos presentes, é D. Manuel dos Santos, bispo de São Tomé e Príncipe, país que tem uma única Diocese integrada na CEAST (Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Principe). Na sequência do encontro de Kinshasa D. Manuel assumiu a presidência da Cáritas de São Tomé, que antes estava nas mãos de um leigo, o Sr. Máximo Aguiar, agora vice-Presidente:

Na conversa connosco, D. Sílota não aceitou falar das dificuldades encontradas nestes seus quatro anos à frente da Cáritas-África, mas pôs em realce aquilo que foi para ele uma grande satisfação: a reunião dos bispos em Kinshasa:

Além disso, D. Francisco Sílota considera que tentou fazer com que a Cáritas respondesse às necessidades da África mediante uma própria visão da África.

Quando assumiu a presidência da Cáritas, D. Francisco Sílota mostrava-se preocupado não tanto com a pobreza, mas com a miséria em que vivem muitos africanos. Afectando a sua dignidade de pessoas humanas. E dizia querer fazer de tudo para que os africanos se tornassem sujeitos do seu próprio desenvolvimento. Terá conseguido atingir essa meta?

Neste encontro da Cáritas internacional estiveram representados todos os PALOP. Segunda-feira, 18,  muitos deles foram a Milão para a Expo 2015, em que haverá uma jornada da Cáritas.  (DA)








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