2015-04-05 12:11:00

Igreja nas Filipinas favorável a uma região autónoma de Mindanau


Os prelados das Filipinas são favoráveis à criação de uma região autónoma para favorecer a paz no Mindanau.

A instituição definitiva de uma região autónoma muçulmana é essencial para pacificar as Filipinas do Sul. É esta a ideia de fundo da comunidade católica das Filipinas, país que se encontra numa fase crucial da sua história. Com efeito, está a ser examinado no Congresso, com vista à sua aprovação, um projecto de lei que, ratificando o acordo assinado há um ano atrás, prevê a instituição da região autónoma do “Bangsamoro” no quadro de uma autonomia administrativa para as populações muçulmanas residentes na ilha do Mindanau. São cerca de cinco milhões. O acordo está, no entanto, em perigo, depois do episódio violento de Janeiro passado em que 44 militares filipinos foram mortos num ataque perpetrado pelos guerrilheiros do Mindanau. A opinião pública está dividida e muitos pedem a interrupção do processo de paz.

Neste cenário, o Presidente do País, Benigno Aquino III, convidou os cardeal Luís António Tagle, arcebispo de Manila, e Orlando Quevedo, arcebispo de Cotabato, assim como o Presidente da Conferência Episcopal Filipina, D. Sócrates Villegas, arcebispo de Lingayen-Dagupan, a tomar parte num especial “Conselho dos Líderes”. Os eclesiásticos se juntarão a políticos e juristas para estudar a lei sobre “Bangsmoro” propondo melhorias e modificações.

Trata-se dum vértice que reunirá as melhores cabeças do país, a fim de se tentar chegar à tão desejada paz. O Cardeal Tagle já aceitou o convite, enquanto que o Cardeal Quevedo, residente em Mindanau, afirmou  - através duma carta aberta aos legisladores – que a Igreja vê a criação duma região autónoma para os muçulmanos como uma “oportunidade real de paz”. (DA). 








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