2015-03-16 17:45:00

A Semana do Papa de 9 a 15 de março


Dia 10

Terça-feira, 10 de março: Deus perdoa-me mas pede-me que eu perdoe os outros – esta a mensagem principal da homilia da Missa em Santa Marta celebrada pelo Papa Francisco.

“Jesus ensina-nos a rezar ao Pai assim: ‘Perdoai-nos os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido’. Se eu não sou capaz de perdoar, não sou capaz de pedir perdão. ‘Mas, padre, eu confesso-me, vou ao confessionário...’. ‘E o que fazes antes de te confessares?’. ‘Mas, eu penso nas coisas que fiz de mal...’. ‘Tudo bem’. ‘Peço perdão ao Senhor e prometo não fazer de novo...’. “Certo, mas falta-te uma: perdoaste a quem te fez mal?”.

Na conclusão da sua homilia o Papa Francisco sintetizou dizendo que o perdão que Deus nos dá ” requer “o perdão que nós damos aos outros.

“Este é o discurso que Jesus nos ensina sobre o perdão. Primeiro: pedir perdão não é um simples pedido de desculpas, é ter consciência do pecado, da idolatria que eu fiz, das tantas idolatrias. Segundo: Deus sempre perdoa, sempre. Mas pede que eu perdoe. Se eu não perdoo, fecho as portas ao perdão de Deus. ‘Perdoai-nos os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido’”.

Dia 11

Quarta-feira, 11 de março, audiência geral com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro. Tema da Catequese: a vocação dos avós e dos idosos na família e na sociedade. Dando continuidade à reflexão sobre os avós, iniciada na semana passada o Santo Padre propôs nesta quarta-feira uma reflexão na qual ele próprio se incluiu devido à sua idade e começou por afirmar que, às vezes, a sociedade descarta os mais velhos mas Deus não o faz. Pelo contrário, oferece-lhes uma graça e uma missão particular:

“É importante sublinhar uma primeira coisa: é verdade que a sociedade tende a descartar-nos, mas certamente não o Senhor. Ele chama-nos a segui-Lo em cada idade e também os idosos têm uma graça e uma missão, uma verdadeira vocação do Senhor.”

Entrando mais no âmago da sua catequese o Santo Padre recordou as figuras de Simeão e Ana que, segundo nos conta o Evangelho, ao reconhecerem o Menino Jesus no Templo, descobriram uma nova força e uma nova vocação: “Simeão improvisou um belíssimo hino de júbilo e Ana tornou-se a primeira pregadora de Jesus: ”falava do Menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”.

Coloquemo-nos também nós na senda destes velhos extraordinários – afirmou o Santo Padre – porque “é um grande dom na Igreja a oração dos velhos e dos idosos”.

O Papa Francisco concretizou esta ideia indicando o exemplo de Bento XVI:

“Olhemos para o exemplo do Papa Bento XVI, que decidiu passar a na escuta e na oração a Deus última etapa da sua vida.”

Dia 12

Quinta-feira, 12 de março: na missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que os cristãos ou são gente que ama ou são hipócritas. Segundo o Santo Padre não há um meio caminho ou um meio-termo. Não. O cristão não tem alternativa. Ou se deixa tocar pela misericórdia de Deus, como acontece com os Santos ou acaba por ser um hipócrita.

“Jesus disse: Quem não está comigo, está contra mim. Não existe um meio-termo, um pouco dali e um pouco de acolá! Não. Ou tu estás no caminho do amor ou no caminho da hipocrisia. Ou tu te deixas amar pela misericórdia de Deus ou fazes aquilo que tu queres, segundo o teu coração que se endurece cada vez mais neste caminho. Quem não está comigo, está contra mim: não existe um meio-termo. Ou tu és santo ou caminhas noutro caminho. Quem não recolhe comigo, dispersa, arruína. É um corrupto que corrompe”.

Dia 13

Na sexta-feira, dia 13, passaram dois anos, desde a eleição para a Cátedra de Pedro, do Cardeal Jorge Mário Bergoglio. Desde o dia 13 de março de 2013 que o Papa Francisco a todos conquistou com a sua simplicidade, a sua ternura e a sua espontaneidade. Foi precisamente no dia em que iniciava o terceiro ano de pontificado que o Santo Padre na Basílica de S. Pedro anunciou um “jubileu extraordinário” centrado na “misericórdia de Deus” que terá início a 8 de dezembro deste ano de 2015 e percorrerá todo o ano de 2016:

“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. (…) Este Ano Santo iniciar-se-á na próxima solenidade da Imaculada Conceição e concluir-se-á a 20 de novembro de 2016.”

O Ano Santo Jubilar da Misericórdia terá início com a abertura da Porta Santa na Basílica de S. Pedro a 8 de dezembro de 2015, na Solenidade da Imaculada Conceição e será encerrado no dia 20 de novembro de 2016, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. 

A abertura do próximo Jubileu coincidirá com o cinquentenário do encerramento do Concílio Ecuménico Vaticano II, que aconteceu em 1965 e reveste este ano santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no Concílio. 

Dia 15

Domingo, 15 de março, grande multidão na Praça de S. Pedro para a oração do Angelus com o Papa Francisco. O calendário litúrgico marca o IV domingo da Quaresma e o Santo Padre começou a sua mensagem recordando o Evangelho do dia que nos fala do diálogo entre Jesus e Nicodemus. Nessa passagem ressalta a afirmação de que Deus amou tanto o mundo que nos deu o seu Filho Unigénito.

Segundo o Papa Francisco, Deus ama-nos sem limites, desde logo, demonstrando-o na criação tal como proclama a liturgia na oração eucarística IV: ‘Deste origem ao universo para fundir o teu amor sobre todas a criaturas e alegrá-las com os esplendores da luz’.

“‘E quando pela sua desobediência, o homem perdeu a tua amizade, tu não o abandonaste no poder da morte, mas na tua misericórdia vieste ao encontro de todos’. Deus veio com a sua misericórdia.”

Após a oração do Angelus o Papa Francisco lamentou o ataque terrorista da manhã deste domingo contra duas igrejas cristãs no Paquistão, assegurou a sua proximidade para com as vítimas e implorou “o dom da paz desejando que esta perseguição aos cristãos, que o mundo procura esconder, acabe e exista a paz”.

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 9 a 15 de março. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)








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