Olhares de mulheres sobre as cruzes da vida - D. Carlos Azevedo

Olhares da mulher sobre as cruzes da vida, foi o que mais tocou D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício para a Cultura na sessão pública desta quarta-feira à tarde, no belo Teatro Argentina, (centro de  Roma) com que se quis abrir a Assembleia  Plenária deste Dicastério presidido pelo Cardeal Ravasi.

A Assembleia vai debruçar-se ao longo de  quatro dias sobre “As culturas femininas entre igualdade e diferença”.  O intento é valorizar o papel da mulher na Igreja. Mas,  para isso há que ouvir, antes de mais, a sua voz, muitas vezes silenciada; dar espaço ao seu olhar, que é geralmente diferente da do homem. E foi sobre o olhar feminino que se concentrou a sessão pública de abertura.

Rostos, olhares  de mulheres de várias partes do mundo e em várias situações (alegria, tristeza, trabalho, guerra, pobreza,  maternidade, etc.) alternaram-se com testemunhos ao vivo sobre diversas situações, como o da missionária Eugénia Bonetti que se ocupa de meninas, sobretudo nigerianas, traficadas para fins sexuais, ou o de uma italiana chefe de orquestra que contou como é vista nessa profissão por ser mulher…. Não faltaram também freses de reflexão sobre as mulheres de figuras famosos como Edith Stein, tudo numa atmosfera musical criada pelo grupo Habanera…

Ao introduzir o encontro a Presidente da RAI, Annamaria Tarantola, uma das participantes na Assembleia explicou que hoje as empresas tendem a valorizar as qualidades da mulher também para ajudar a sair da crise; Já o Cardeal Ravasi deteve-se, entre outras,  sobre a palavra “olhar”, dizendo que o olhar é mais importante do que a coisa olhada; daí terem centrado a sessão sobre o olhar que a própria mulher lança sobre a sua vida na sociedade, no mundo, como início dessa assembleia plenária. Uma assembleia, cujas expectativas são, segundo D. Carlos Azevedo ter uma larga visão da situação da mulher no mundo para evitar preconceitos e tabús...