2014-12-06 13:09:00

Fiz o máximo que podia fazer - sinto-me realizado - Presidente A.Guebuza


No final de dez anos de mandato à frente da Nação moçambicana, o Presidente Armando Emílio Guebuza considera-se satisfeito consigo próprio, pois acha que fez o que podia, embora tenha a consciência de que tudo isso fique aquém das justas aspirações do povo.  

Guebuza regozija-se por o país ter crescido bastante do ponto de vista socio-económico e, perante as críticas de muitos analistas, segundo os quais os recursos  não estão a ser geridos de forma a criar bem-estar para todos, responde que há no país várias correntes: algumas vêem o progresso, enquanto que outras olham para o país numa òptica negativa.  

Para o Presidente o país necessita de um desenvolvimento endógeno e isso é um processo que leva tempo. Ele considera legítimas as aspirações do povo a muito mais, mas, diz, é do próprio povo que depende esse desenvolvimento endógeno que irá gerar mais bem-estar geral.

O Chefe de Estado moçambicano considera também que com mais universidades o país está a ter mais capacidade de negociação nos grandes projectos resultantes da exploração dos recursos naturais que vão sendo descobertos no país. Confrontado com a preocupação da Conferência Episcopal de Moçambique que, em nota pastoral,  apelou à democracia e a fazer com que os mega-projectos não se transformem em mega-problemas, Guebuza considera que é normal haver críticas e que isso ajuda os Governantes .a compreender a percepção que as pessoas têm das suas acções. 

Interrogado sobre as controvérsias em relação aos investimentos brasileiros no país, o Presidente declarou-se satisfeito com as relações de cooperação com o Brasil que a seu ver tem dado frutos positivos.. 

Guebuza, que vai continuar a ser Presidente da FRELIMO -, partido a que pertence Filipe Nyusi, eleito Presidente de Moçambique em Outubro passado e que vai tomar posse provavelmente em Janeiro próximo - diz continuar a ter - enquanto quadro da FRELIMO - influência na governação do país. 

Oiça aqui na rubrica "África Global"  o balanço que faz do seu mandato e o que vai fazer quando deixar a Presidencia da Republica ao seu sucessor. Foi na entrevista que concedeu à Rádio Vaticano (e realizada por Dulce Araújo e Rafael Belincanta) depois de ter sido recebido em audiência pelo Papa Francisco a 4 de Dezembro de 2014, no quadro da sua visita à Itália para reforçar os laços de amizade e cooperação com a Santa Sé e o Estado italiano. (DA)  

 

 








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