2014-11-07 19:27:00

Queda do Muro de Berlim não gerou as mudanças esperadas - Corsino Tolentino


 

No próximo domingo 9 de Novembro completam-se 25 anos sobre a queda do muro de Berlim, facto que teve grande impacto no mundo inteiro. 

Como é sabido, a Alemanha que foi derrotada na II Guerra Mundial, ficou sob a influência, a Ocidente, dos países aliados dos Estados Unidos e, a Este, da URSS. Nasciam assim duas Alemanhas: a DDR, Republica Democrática Alemã a Leste e a Republica Federal Alemã a Ocidente. Esta última desenvolveu-se economicamente muito mais do que a DDR. Então, muitos jovens e quadros fugiam para a parte Ocidental, tornando ainda mais difícil o desenvolvimento da DDR. Para fazer face a isso, a DDR mandou, em 1961, construir o Muro de Berlim, dividindo não só a cidade, mas o país todo em dois. E quem ousasse tentar ultrapassar o muro era morto. Esse muro, símbolo da chamada Guerra fria que se instaurou entre os Estados Unidos e a URSS iria permanecer de pé até 1989, quando na esteira de vários factores, mas sobretudo da politica de reforma e transparência encetada por Mikael Gorbaciov na URSS, as coisas viram a mudar. 

Não se sabe bem quem teria dado a ordem para os soldados que vigiavam o muro se retirarem, permitindo assim às famílias separadas por essa cortina de ferro voltar a reabraçar-se depois de 28 anos de dura separação. 

A chamada Guerra Fria entre o bloco ocidental liderado pelos Estados Unidos e do Leste pela URSS tinha grandes consequências noutras partes do mundo, como em África por exemplo, onde provocava verdadeiras guerras. 

Por isso este 25º aniversário da queda do muro de Berlim, símbolo dessa guerra fria, é uma ocasião para o mundo inteiro fazer um balanço das esperanças que gerou então para a humanidade.

Que balanço faz então a África? Segundo o Doutor Corsino Tolentino, cabo-verdiano, Embaixador, antigo Ministro da Educação, e Administrador da Fundação Amílcar Cabral, esse balanço é um pouco mitigado, na medida em que não gerou as profundas e rápidas mudanças que se esperavam, mas há, contudo, sinais encorajadores… 

Oiça as suas palavras na rubrica "África Global" 








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