Dom Leonardo Steiner: "Dilma terá trabalho duro pela frente"
Cidade
do Vaticano (RV) – Com 3 pontos percentuais de diferença, a Presidente Dilma Rousseff
foi reeleita domingo, 26, para mais um mandato de 4 anos na chefia do país. Na eleição
presidencial mais disputada da história, 21,10% de eleitores se abstiveram. Por descrença,
apatia ou desilusão, 30.137.479 de brasileiros simplesmente não cumpriram o seu dever
e não desfrutaram o direito de votar.
A análise do resultado é unânime: o
país está dividido e a Presidente terá que mostrar serviço. A economia parou de crescer,
a inflação está subindo, os serviços de saúde e educação são carentes e a população
reclama, como já o vem fazendo desde as manifestações de junho do ano passado.
Qual
é o nosso futuro? Em entrevista concedida nesta terça-feira, 28, a Presidente fez
promessas: afirmou que vai defender a regulação econômica da mídia e se empenhará
na aprovação do projeto de lei que torna a homofobia crime. Dilma também tratou da
proposta de reforma política por meio de um plebiscito, do escândalo da Petrobrás
e do diálogo que pretende estabelecer com a oposição.
A Igreja Católica foi
um ator importante durante a campanha, promovendo inclusive um debate entre os candidatos
antes do primeiro turno eleitoral. O arcebispo de Aparecida (SP) e Presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, condenou os
ataques pessoais mútuos entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)
e advertiu que os eleitores ficam desiludidos quando ao invés de discutir propostas,
os candidatos assumem um comportamento desrespeitoso.
O Secretário-geral da
CNBB, Dom Leonardo Steiner, encontra-se em Roma e faz ao Programa Brasileiro uma avaliação
do voto. Ouça, clicando acima. (CM/BF)