2014-10-24 18:10:02

Papa reúne pela primeira vez movimentos populares


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Cidade do Vaticano (RV) – Trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas, camponeses sem terra e habitantes das periferias das grandes cidades: estes são os protagonistas que, acompanhados de bispos e agentes pastorais, participarão do Encontro Mundial dos Movimentos Populares, de 27 a 29 de outubro, em Roma. Terça-feira está marcada audiência com o Papa, no Vaticano.

Trata-se da primeira vez na história da Igreja que um Papa convoca os líderes dos movimentos sociais. Uma iniciativa inédita, mas significativa de um Pontificado que não deixa de nos recordar a urgência de sair rumo às periferias e de abraçar os excluídos, como explicou o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Card. Peter Turkson (na foto com o Papa), na coletiva de imprensa realizada esta sexta-feira:

“O essencial é, antes de tudo, ouvir com humildade, não só no que diz respeito aos sofrimentos, mas também às expectativas, às esperanças e às propostas que nutrem os próprios marginalizados. Eles devem se tornar os protagonistas de suas vidas.”

Os trabalhos se realizarão em torno de cinco temáticas: problemas habitacionais, emprego, terra, violência e meio ambiente. O percurso desse encontro será guiado pela Exortação Apostólica do Papa Francisco, a Evangelii Gaudium, como destacou por sua vez o Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências Sociais:

“Até que não se resolvam radicalmente os problemas dos pobres, renunciando à autonomia dos mercados e à especulação financeira, e atacando as causas estruturais da injustiça, não se resolverão os problemas do mundo e, em síntese, nenhum problema. A injustiça está na raiz de todos os males sociais.”

No final do encontro, está prevista uma Declaração e a formação de um Conselho dos Movimentos Populares.

Entre os inúmeros conferencistas, do Brasil tomará a palavra João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. Na lista de participantes constam outros 13 brasileiros, entre os quais o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, e representantes das lutas de camponeses, negros, mulheres e indígenas.

(BF/MT)








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