2014-10-23 20:33:21

Crescem os protestos no México pelo desaparecimento dos 43 estudantes


Cidade do México (RV) - O desaparecimento dos estudantes no México se transformou em caso nacional, com dezenas de manifestações em diferentes partes do país. Na Cidade do México, 45 mil pessoas levantaram os punhos, fechados, em sinal de protesto. Nesta quinta-feira (23), outras 50 cidades se mobilizaram para apoiar os 43 estudantes desaparecidos em 26 de setembro. Só em Iguala, de onde são os jovens, 5 mil pessoas participaram do protesto. Todas manifestações exigem do presidente Enrique Pena, esclarecimentos sobre o caso.

O Procurador geral, José Murillo Karam, ordenou a prisão do prefeito de Iguala, Jose Luis Abarca, da sua mulher, Maria de los Angeles Pineda, e de um colaborador. A mulher do prefeito é irmã de traficantes de droga. O casal teria ligação com o grupo 'Guerreros Unidos'. Na semana passada, as autoridades mexicanas prenderam inclusive o chefe do grupo, Sidronio Casarrubias.

O Padre Alejandro Solalinde, defensor dos direitos humanos e diretor da Casa do Migrante, declarou que os 43 estudantes do Colégio dos Professores de Ayotzinapa foram queimados vivos. O religioso, como faz referência a Agência Misna, disse que os jovens foram colocados sobre uma pilha de lenha e, quando atearam fogo, os estudantes ainda estavam vivos.

"O governo sabe disso desde o início. Somente que não quer admitir", declarou o padre Solalinde. Ele acrescentou que, segunda-feira passada, acompanhado de um advogado, foi até a magistratura para testemunhar, mas que não foi recebido. O padre disse que vai tentar voltar nos próximos dias, mas confirmou que quatro testemunhas lhe disseram que os estudantes foram queimados e sepultados em uma fossa comum. As mesmas testemunhas teriam, inclusive, mapeado o lugar onde é possível encontrar os corpos queimados dos jovens. (AC)











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