Card. Damasceno Assis: "Caminho prossegue com Sìnodo Ordinário em 2015"
Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se no final da manhã deste sábado, na Sala
de Imprensa da Santa Sé, um encontro com os jornalistas para tratar da Mensagem final
do Sínodo para a Família. Participaram o Presidente da Comissão para a Mensagem, Cardeal
Gianfranco Ravasi, o Cardeal Oswald Gracias e o Cardeal Raymundo Damasceno Assis.
O briefing foi moderado pelo Diretor da Sala de Imprensa vaticana, Padre Federico
Lombardi.
O Padre Lombardi abriu o encontro sublinhando que a mensagem final
do Sínodo foi aprovado por larga maioria, 158 votos em 174, e foi muito apreciado.
Um texto que foi elaborado pelo Cardeal Ravasi junto a uma comissão de Padres Sinodais,
representando todos os cinco continentes. O Cardeal Damasceno Assis recordou aos jornalistas
que este Sínodo é somente a primeira etapa de um caminho que prossegue com o Sínodo
Ordinário em 2015:
“Acredito – disse o Presidente da CNBB – que o balanço
que podemos fazer seja positivo, pois nesta primeira etapa do Sínodo, não tínhamos
como objetivo chegar á conclusões definitivas”.
Para Dom Damasceno Assis
o balanço é positivo pois se trabalhou bem na expectativa de chegar a resultados no
Sínodo do próximo ano, seguidos por uma Exortação pós-sinodal. O Cardeal Oswald Gracias,
por sua vez, observou que este Sínodo é muito importante para a Ásia pelo papel que
a família ainda desempenha no Continente. E respondendo a uma pergunta de um jornalista,
afirmou que os homossexuais são bem vindos na Igreja, fazem parte dela. Foi então
a vez do Cardeal Ravasi, que focou no estilo e conteúdo da mensagem. O purpurado ressaltou
a brevidade do texto em que os padres se dirigem diretamente às famílias. Ele afirmou
ainda que a mensagem falava das luzes e sombras que a família deve enfrentar, evidenciando
uma passagem do documento:
“Qual é a meta última da família cristã? A meta
última da família cristã é a Eucaristia. Fizemos – não era missão da mensagem tratar
do problema do acesso aos Sacramentos, porém tem uma frase final que diz: ‘Na primeira
etapa do nosso caminho sinodal refletimos sobre o acompanhamento pastoral e sobre
o acesso aos sacramentos dos divorciados recasados”.
Diante de situações
difíceis – afirmou o Cardeal Ravasi, respondendo aos jornalistas – a Igreja não deve
ter atitude legalista, mas deve antes de tudo acolher, estar pronta a ouvir e compreender
as mudanças. Ao mesmo tempo, porém, acrescentou que a Igreja tem a sua identidade,
uma concepção e portanto não reconhece automaticamente modelos diferentes daquele
cristão. Assim, expressou sua opinião sobre o fato de que Francisco se pronunciaria
somente na noite deste sábado, após não ter falado durante os trabalhos:
“Este
silêncio do Papa, a meu ver, é fundamental, é quase a característica do percurso sinodal,
em que, reunidos em torno do Papa, os bispos, como ele desejava, expressaram suas
diversas concepções”.
O Cardeal Raymundo Damasceno Assis, um dos relatores-presidente
do Sínodo, comentou a redação da mensagem: