Papa Francisco volta a defender cristãos e minorias perseguidos
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira,
no Vaticano, o Catholicos Patriarca da Igreja Assiria do Oriente, Mar Dinkha IV, junto
com uma delegação que participará de um encontro sobre a crise no Oriente Médio.
No
discurso que proferiu, o Santo Padre inicialmente expressou a alegria de poder acolher
o Patriarca junto ao túmulo do Apóstolo Pedro e agrecedeu as palavras a ele dirigidas
momentos antes pelo Catolhicos.
O Santo Padre sublinhou em seguida que o encontro
é marcado pelo sofrimento, que ele compartilha, por causa de guerra, que está atravessando
diversas regiões do Oriente Médio, e em particular pelas violências que estão atingindo
os cristãos e os pertencentes a outras minorias religiosas, especialmente no Iraque
e na Síria.
“Quantos de nossos irmãos e irmãs estão sofrendo perseguição
diariamente! Quando pensamos em seu sofrimento, nos vem expontâneo ir além das distinções
de rito ou de confissão: neles está o corpo de Cristo, que, ainda hoje, é ferido,
atingido, humilhado. Não há razões religiosas, políticas ou econômicas que possam
justificar o que está acontecendo a centenas de milhares de homens, mulheres e crianças
inocentes. Sentimo-nos profundamente unidos na oração de intercessão e na ação de
caridade para com esses membros do corpo de Cristo que estão sofrendo".
Em
seguida o Papa Francisco destacou que a visita do Catholicos Patriarca da Igreja Assiria
do Oriente, é um ulterior passo avante no caminho de uma crescente proximidade e comunhão
espiritual, após amargas incompreensões do passado.
O Santo Padre recordou
que vinte anos atrás, a Declaração Cristológica comum assinada pelo Catolhicos e por
João Paulo II foi a pedra fundamental do caminho em direção da plena comunhão. E Francisco
assegurou o seu pessoal compromisso de continuar o caminho ao longo desta estrada,
aprofundando ainda mais as relações de amizade e comunhão que existem entre a Igreja
de Roma e a Igreja Assíria do Oriente.
O Papa Francisco destacou também que
segue através da oração o trabalho da Comissão mista para o diálogo teológico entre
a Igreja Católica e a Igreja Assíria do Oriente, para que graças a ele se aproxime
o dia bendito no qual “poderemos celebrar no mesmo altar o sacrifício de louvor, que
nos torna uma só coisa em Cristo”.
“O que nos une é já muito mais do que nos
separa, por isso nos sentimos impulsionados pelo Espírito a partilharmos, desde agora,
os tesouros espirituais das nossas tradições eclesiais, para vivermos como verdadeiros
irmãos, compartilndo os dons que o Senhor não cessa de conceder às nossas Igrejas,
como sinal de sua bondade e misericórdia”. (SP)