Eleições 2014: a responsabilidade do eleitor cristão
Cidade do Vaticano
(RV) – Votar é direito e dever de todo cidadão. E o eleitor cristão, tem uma responsabilidade
especial?
De acordo com a mensagem “Pensando o Brasil: desafios diante das
eleições 2014”, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a escolha dos
católicos deve ser iluminada pela fé e pelo amor cristãos, os quais exigem
a universalização do acesso às condições necessárias para a vida digna de filhos de
Deus.
Citando a Exortação Apostólica do Papa Francisco, a Evangelii Gaudium,
os bispos recordam que uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista
– comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar
a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela.
Nossa fé requer
que “todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ao contrário
disso, a CNBB constata que “nossos irmãos têm sido maltratados e muitos, inclusive,
perderam e continuam perdendo a vida à espera de serviços públicos. Enquanto
isso, outros se corrompem e enriquecem com recursos que deveriam ser destinados a
políticas que atendam às necessidades do povo.
Somos chamados a empenhar-nos
em viver o evangelho do Reino na esperança de vê-lo antecipado na terra,
ainda que sob o signo da Cruz. Isso exige que trabalhemos pela superação
dos sofrimentos atrozes vividos por aqueles que são sistematicamente excluídos e que
não se veem respeitados em sua dignidade de pessoa humana.
O direito de representar
os eleitores, que um candidato conquista nas urnas, tem de ser assumido
pelo político como um dever de servir. Ao contrário disso, uma lógica perversa tem
pautado a atuação de inúmeros eleitos, desvirtuando a finalidade da própria política
que, ao invés de tratar do bem comum, se converte em espaço de conchavos e negociações
espúrias”.
Em Roma, o Presidente da CNBB, Card. Raymundo Damasceno Assis,
recorda aos ouvintes da Rádio Vaticano que voto não tem preço, tem consequências.
Clique acima para ouvir a reportagem completa.