2014-10-01 14:01:42

Católicos em risco de sincretismo religioso na República Centro-africana


A crise política e social que sacode a República Centro-africana devido à guerra civil iniciada em Dezembro de 2012, está a levar diversos católicos para a deriva do sincretismo religioso – disse domingo passado na missa de abertura do novo Ano Pastoral, D. Dieudonné Nzapalainga, arcebispo de Bangui e Presidente da Conferência Episcopal centro-africana.

“A crise que atravessa o nosso país desde Dezembro de 2012 –gerou em nós uma forte necessidade de protecção, um desejo de vingança, uma procura de potencia, de inviolabilidade. Para satisfazer estes desejos, alguns cristãos cederam à sedução de crenças e de práticas pouco compatíveis com a fé em Jesus Cristo –afirmou o prelado, dirigindo-se aos fieis. “Muitos – prosseguiu – recorreram a sacrifícios ocultos, puseram amuletos, estabeleceram alianças com feiticeiros continuando ao mesmo tempo a ir à missa e a receber os sacramentos. O veneno do sincretismo está a ser inoculado e é uma tendência que se reforça continuamente” – frisou ainda D. Nzapalainga, segundo o qual “chegou a hora de sair desta ambivalência, fazendo clara e exclusivamente a escolha de Jesus Cristo para Lhe confiar a nossa vida e receber a redenção. Chegou o momento de acolher a Deus como nosso Pai. Um Pai universal que não faz distinção de raças, tribus, religiões, bairros. É o Pai que nos enviou Jesus, que nos revelou o seu coração universal” – rematou o arcebispo de Bangui.

“Os cristãos perante uma crise: o risco do sincretismo” é, de facto, o tema do Ano Pastoral 2014-15 inaugurado domingo pelo Presidente da Conferencia Episcopal perante cerca de 800 delegados provenientes de diversas partes do país – refere a agencia Fides.
Foto: D. Dieudonné Nzapalainga em Maio passado num campo de refugiados muçulmanos que fugiam às milicias anti-balaka.







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