2014-10-01 14:40:15

Card. Turkson destaca papel da OMC para um comércio mais igualitario


RealAudioMP3 Genebra (RV) – Realiza-se em Genebra a partir desta quarta-feira, 1° de outubro, até dia 3, o Fórum da Organização Mundial do Comércio, que tem por lema “Por que o comércio interessa a todos?”. O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson, enviou uma mensagem aos participantes – lida após o pronunciamento do Secretário Geral da ONU Ban Ki-moon e a vídeo-mensagem da Presidente do Chile, Michel Bachelet – onde salienta que o comércio é um fator de desenvolvimento.

O Cardeal Turkson observou na mensagem, que o Papa Francisco nos recorda que se por um lado a liberação do comércio internacional reduziu hoje a pobreza, frequentemente por outro, também alimenta a exclusão social. “Isto porque – sublinha o Presidente da Justiça e da Paz - toda liberdade deve ser acompanhada pela responsabilidade e a toda liberdade deve corresponder o dever da justiça”.

Como sublinhava Paulo VI, o livre comércio deve ser chamado ‘equo’ somente se subordinado “às exigências da justiça social”. Tal princípio não é respeitado quando existem posições dominantes que transformam a livre concorrência em ditadura econômica, quando viola a dignidade das pessoas, “negligencia o bem comum de toda a humanidade; piora a distribuição das riquezas; não consegue criar emprego sustentável, ou pior, se aproveita do tráfico de seres humanos e das modernas formas de escravidão e de fato exclui os pobres, os frágeis e os vulneráveis da participação na vida econômica”.


“Um similar sistema comercial – instou o Cardeal Turkson – não pode ser justificado se reforça a capacidade das grandes corporações de reduzir custos e de contribuir à evasão fiscal”, negando aos trabalhadores os mais elementares direitos humanos, a começar por um salário justo e por condições de trabalho humanas e seguras.

Neste sentido, a Organização Mundial do Comercio tem um papel importante na promoção de uma organização do comércio internacional mais igualitário – acrescenta a mensagem – que concluiu com o desejo expresso em janeiro passado pelo Papa Francisco ao Fórum de Davos, para que possa formar-se “uma nova mentalidade política e empresarial, capaz de guiar todas as ações econômicas e financeiras na ótica de uma ética verdadeiramente humana”. (JE)








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