2014-09-30 20:41:13

Arcebispo Tomasi: vítimas por demais transformaram águas do Mediterrâneo em cemitério silencioso


Genebra (RV) - É preciso uma "mudança de mentalidade" para "derrotar a globalização da indiferença." Foi o que disse o observador permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, em pronunciamento nesta terça-feira na 65ª sessão do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com referência particular à situação na África.

O Arcebispo Tomasi ressaltou que "vítimas por demais transformaram as águas do Mediterrâneo num cemitério". E condenou aqueles que com "crueldade" traficam pessoas humanas como se fossem uma "carga" de mercadorias.

O representante vaticano observou que políticas de fronteira "excessivamente restritivas" impeliram milhares daqueles que pediram asilo a empreender uma viagem fatal para suas vidas. Deixaram sua terra, reiterou, porque fogem de "condições de perigo e opressão" e buscam uma "vida decente".

Dom Tomasi destacou a hospitalidade que em alguns países africanos salvou a vida de muitas pessoas durante as crises que "atormentaram" o continente africano nas últimas décadas. Todavia, pediu um renovado empenho em prevenir conflitos e outras causas que levam tantas pessoas na África a deixar suas terras.

Os instrumentos jurídicos criados para proteger as populações deslocadas oferecem "instrumentos eficazes" a fim de que quem teve que deixar a própria terra possa receber "uma adequada proteção", acrescentou.

A determinação política a "prevenir conflitos através do diálogo" e da "solidariedade", concluiu, reduz a desigualdade "entre as nações desenvolvidas e as nações as em desenvolvimento", abrindo assim "um caminho rumo a um futuro pacífico". (RL)







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