Card. Baldisseri exorta profissionais da Rádio Vaticano a viverem nos caminhos digitais
do mundo atual
Cidade do Vaticano
(RV) - A comunicação social é um "bem de primeira importância para a Igreja",
que deve ser promovido e tutelado. Foi o que afirmou o secretário-geral do Sínodo
dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, ao presidir a missa na sede da Rádio Vaticano,
nesta segunda-feira, 29 de setembro, por ocasião da festa de São Gabriel Arcanjo,
padroeiro da nossa emissora.
Ide e vivei "nos caminhos digitais" do mundo contemporâneo.
E sede com anjos, cuja missão sempre e, em todo caso, é anunciar a mensagem de Deus.
Na homilia da missa, celebrada na Capela da Anunciação da nossa emissora, o purpurado
fez questão de recordar o valor particular da qual se reveste a profissão de comunicar
se esta é exercida na Rádio do Papa.
Informar e anunciar o Evangelho são, neste
caso, duas faces da mesma profissão, ou seja, um surplus em relação ao dever profissional
de jornalistas e agentes de outros meios de comunicação, os quais, recebendo-os logo
após sua eleição, o Papa Francisco convidou a servir, em seu trabalho, a três altos
valores:
"O vosso trabalho necessita de estudo, de sensibilidade, de experiência
como tantas outras profissões, mas comporta uma atenção particular em relação à verdade,
bondade e beleza. E isso nos torna particularmente próximos, porque a Igreja existe
para comunicar justamente isto, a verdade, a bondade e a beleza, em pessoa: Cristo.
Deveria ser claro – diz o Papa – que todos somos chamados, não a comunicar nós mesmos,
mas esta tríade existencial, que configuram verdade, bondade e beleza. Essas são as
palavras do Papa."
Para a Igreja – "comunicadora na história" da mensagem
de Cristo, por sua vez "perfeito comunicador do Pai" –, trata-se de explorar aquela
"nova cultura que, antes de nascer dos conteúdos, nasce do próprio fato que existam
novos modos de comunicar, com novas linguagens, novas técnicas, novas atitudes psicológicas",
disse o Cardeal Baldisseri citando a Redemptoris Missio:
"A possibilidade
de comunicar de modo novo e difuso é um bem de toda a humanidade, e como tal deve
ser promovida e tutelada. Quanto mais potente são os meios de comunicação, mais forte
deve ser também a consciência ética de quem atua neles e de quem deles usufrui. Portanto,
é necessário que a comunicação social permaneça e se desenvolva no quadro dos bens
de primeira importância para o futuro da humanidade e da Igreja."
Tendo
iniciado a homilia agradecendo à Rádio Vaticano por seu serviço e fazendo votos de
um trabalho de comunicação baseado "na verdade", "no respeito pela liberdade e pela
justiça", o secretário-geral do Sínodo concluiu sua reflexão com uma última exortação,
ao mesmo tempo, concreta e espiritual:
"Ao término desta celebração acolhamos
o convite a partir e a viver pelos caminhos digitais de nosso mundo contemporâneo,
no signo da verdade e do amor, para fazer de Cristo o coração do mundo."
Como
em todos os anos nesta ocasião, após a Eucaristia, a direção da emissora conferiu
algumas honorificências a colegas que se notabilizaram no serviço prestado à Rádio
Vaticano.
Este ano foram condecorados a Irmã Lidia Korotkova, do "Programa
Ucraniano", a serviço desde 1981, de quem o diretor de Programas, Pe. Andrea Koprowski,
destacou a dedicação em suas atividades e a quem expressou solidariedade neste período
difícil para seu país.
Giuseppe Fantucci, responsável pelo setor antenas
no Parque de Transmissão de Santa Maria de Galeria, de quem foi ressaltada, em particular,
a disponibilidade em seu trabalho.
E o colega Silvonei José, na emissora
desde 1990, de quem foi evidenciada, sobretudo, o empenho em estreitar relações com
a nossa Conferência episcopal e as emissoras locais. (RL)