São Pio de Pietrelcina: 'sacerdote santo e vítima perfeita'
Cidade do Vaticano (RV) - Neste dia 23 de setembro, a Igreja festeja Padre
Pio, um Santo que está no coração de milhões de fiéis. No dia do aniversário da sua
morte, devotos de todas as partes do mundo se reúnem para rezar em nome do frei de
Pietrelcina. O porta-voz dos freis Capuchinhos, Padre Stefano Campanella, falou em
entrevista à Rádio Vaticano.
Pe. Campanella – Hoje lembramos a passagem
de Padre Pio desta Terra para o Céu, momento que ele desejou em toda a sua vida. Desde
jovem, nas suas cartas às filhas espirituais, encontramos pedidos de oração para que
o Senhor pudesse o acolher consigo, sobretudo porque não via a hora de unir àquele,
que chamava o “seu esposo celeste”. Por outro lado, no entanto, percebeu a necessidade
de ficar nesta terra, para desenvolver a missão que o Senhor lhe tinha dado. Sempre
lutou, então, entre essas duas propensões.
RV – Qual é o sinal mais
importante que deixou São Pio e o que representa ainda hoje?
Pe. Campanella
– Certamente o sinal de absolvição no Sacramento da Reconciliação. E isso se
caracteriza bem ainda hoje, porque os seus irmãos aqui não fazem outra coisa que continuar
a obra de reconciliação entre homens e Deus.
RV – Padre Pio recomendava,
sempre e a todos, de rezar. E são tantos os grupos de oração na Itália e, não só aqui,
que se reúnem em seu nome...
Pe. Campanella – Essa é uma outra realidade
que ainda deixa viva a figura do Padre Pio. Ele continua a viver através dos grupos
de oração, não somente para seguir seus ensinamentos, mas, essencialmente, no seguir
o seu exemplo, porque Padre Pio rezava em continuação. Cada momento livre das confissões,
das celebrações eucarísticas, era, para ele, momento bom de rezar.
RV
– Padre Pio dizia que o sofrimento é sinal certo de que Deus nos ama, e nunca
foi uma mensagem tão atual...
Pe. Campanella – Padre Pio não só dizia,
mas vivia este sofrimento! Gostaria de precisar que os estigmas foram apenas um dos
aspectos do sofrimento de Padre Pio, que investiu não só o físico, através de tantas
doenças que lhe deram problemas desde o tempo da sua adolescência, mas suportou também
sofrimentos morais, até a traição de pessoas que confiava. Enfim, reproduziu na sua
vida todos os sofrimentos físicos e morais que caracterizaram a vida de Cristo. Ele
o fez porque o Senhor quis agradá-lo com um pedido que ele expressou com a ordenação
sacerdotal. Padre Pio escreveu: “Com o Senhor quero ser sacerdote santo e vítima perfeita”.
(AC)