2014-09-22 17:44:54

A Semana do Papa – uma síntese das principais atividades de 15 a 21 de setembro


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Dia 15
Como sem Maria não existiria Jesus, assim, sem a Igreja não podemos andar em frente – esta a mensagem essencial do Papa Francisco na Missa em Santa Marta na segunda-feira, dia 15. Segundo o Santo Padre os cristãos não são orfãos pois têm Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Mas também a Igreja é mãe quando faz o mesmo caminho de Jesus e de Maria: quando obedece, quando sofre e quando aprende – afirmou o Papa Francisco:

“ E esta é também a nossa esperança. Nós não somos orfãos, temos Mães: a Mãe Maria. Mas também a Igreja é Mãe e também a Igreja é ungida Mãe quando faz o mesmo caminho de Jesus e de Maria: o caminho da obediência, o caminho do sofrimento e quando tem aquela atitude de aprender continuamente o caminho do Senhor. Estas duas mulheres – Maria e a Igreja – levam em frente a esperança que é Cristo, dão-nos Cristo, geram Cristo em nós. Sem Maria não existiria Jesus; sem a Igreja, não podemos andar em frente.”


Dia 16
Na manhã de terça-feira, dia 16, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco proferiu uma afirmação forte e contundente: Até podemos fazer belas pregações, mas se não damos esperança, a pregação não serve. É vaidade:

“Quando Deus visita o seu povo, restitui ao povo a esperança. Sempre. Pode-se pregar a Palavra de Deus brilhantemente: houve na história tão bons pregadores. Mas se estes pregadores não são capazes de semear esperança, aquela pregação não serve. È vaidade.”


Dia 17
Na audiência Geral do Papa Francisco na quarta-feira dia 17 de setembro o tema da catequese foi a Igreja católica e apostólica.

“...quando professamos a nossa fé, nós afirmamos que a Igreja é católica e apostólica.”

Mas qual o significado destas duas características da Igreja? E que valor têm para as comunidades cristãs e para cada um de nós? – interrogou-se o Santo Padre.

“Símbolo evidente da catolicidade da Igreja é que essa fala todas as línguas. E isto não é outra coisa que não o efeito do Pentecostes: é o Espirito Santo, com efeito, que colocou os Apóstolos e toda a Igreja em modo de fazer ressoar a todos, até aos confins da Terra, a Boa Notícia da salvação e do amor de Deus.”

Assim se a Igreja nasceu católica – continuou o Papa Francisco – quer dizer que nasceu «em saída», nasceu enviada em missão, ou seja, apostólica: permanecendo fiel sobre o alicerce dos Apóstolos, a Igreja é enviada a todos os homens para lhes anunciar o Evangelho com os sinais da ternura e do poder de Deus.

“Mas o que significa para as nossas comunidades e para cada um de nós, fazer parte de uma Igreja que é católica e apostólica” – perguntou o Santo Padre.

“Antes de mais, significa tomar a peito a salvação de toda a humanidade, não sentir-se indiferente ou estranho perante ao destino de tantos nossos irmãos, mas abertos e solidários para com eles. Significa, além do mais, ter o sentido da plenitude da harmonia da vida cristã, recusando sempre as posições parciais, unilaterais, que nos fecham em nós próprios.”


Dia 18
O Papa Francisco recebeu na quinta-feira, dia 18 os novos bispos, recentemente ordenados e proferiu um discurso com algumas importantes recomendações:

“Qualquer autêntica reforma da Igreja começa pela presença – a de Cristo, que nunca falta, mas também a do Pastor que rege em nome de Cristo. Não se trata de uma piedosa recomendação! Quando falta o Pastor, ou não é abordável, ficam em jogo a cura pastoral e a salvação das almas.”

“É preciso intimidade, assiduidade, constância, paciência.”

“Não sois bispos a prazo, que têm necessidade de mudar constantemente de orientação, como os remédios que com o tempo perdem a capacidade de curar, ou como os alimentos já deteriorados que têm que ir para o lixo. “

“O acolhimento seja para todos, sem discriminações, oferecendo a firmeza da autoridade que faz crescer e a mansidão da paternidade que gera.”

“E por favor, não cedais à tentação de sacrificar a vossa liberdade interior circundando-vos de cortesãos, de pessoas da mesma linha, de coros de consenso, pois nos lábios do Bispo a Igreja e o mundo têm o direito de encontrar sempre o Evangelho que torna livres. “


Dia 19
O Santo Padre recebeu em audiência, na Sala Paulo VI, na tarde de sexta-feira, os participantes no Encontro internacional intitulado “O projeto pastoral da Evangelii Gaudium” (a alegria do Evangelho), promovido pelo Conselho Pontifício para a Nova Evangelização. Nessa ocasião, o Santo Padre afirmou que uma pastoral sem oração não atinge o coração.


“Uma pastoral sem oração e contemplação jamais poderá atingir o coração das pessoas. Ela se deterá na superfície e não deixará a semente da Palavra de Deus morrer, germinar, crescer e produzir frutos. Não dispomos de uma varinha mágica para fazer tudo, mas da confiança no Senhor, que nos acompanha e jamais nos abandona”.

O Santo Padre concluiu o seu discurso aos participantes no Encontro Internacional sobre a “Evangelii gaudium”, agradecendo o empenho de todos e exortando os presentes a darem testemunho do Evangelho porque é o testemunho que dá validade à palavra!

Dia 21
Neste domingo dia 21 de setembro o Papa Francisco viajou até à Albânia e logo no seu discurso às Autoridades deixou claro que ninguém deve usar a religião como pretexto para ações contra a vida e a dignidade do homem:

“A convivência pacífica entre as várias comunidades religiosas é, efetivamente, um bem inestimável para a paz e o desenvolvimento harmonioso de um povo. Trata-se de um valor que deve ser defendido e incrementado, cada dia, através da educação para o respeito das diferenças e das identidades específicas abertas ao diálogo e à cooperação para o bem de todos, através do exercício do conhecimento e da estima de uns pelos outros.”

“Num mundo que tende à globalização económica e cultural, é preciso fazer todo o esforço possível para que o crescimento e o progresso sejam postos à disposição de todos… À globalização dos mercados é preciso que corresponda a globalização da solidariedade; o crescimento económico deve ser acompanhado por um maior respeito pela criação…”

Na homilia da Missa celebrada em Tirana, na Praça Madre Teresa, o Papa Francisco evocou a Albânia como uma terra de mártires e encorajou os católicos a um novo protagonismo missionário:

“Podemos dizer que a Albânia foi uma terra de mártires: muitos bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos pagaram com a vida a sua fidelidade. Não faltaram testemunhos de grande coragem e coerência na profissão da fé.”

“Hoje, abriram-se de novo as portas da Albânia e está amadurecendo uma estação de novo protagonismo missionário para todos os membros do Povo de Deus: cada batizado tem um lugar e um dever a desempenhar na Igreja e na sociedade. Que cada um se sinta chamado a comprometer-se generosamente no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade, a reforçar os laços da solidariedade a fim de promover condições de vida mais justas e fraternas para todos.”

Na tarde deste domingo de destacar o encontro do Papa Francisco com os líderes das diferentes religiões da Albânia e declarou:

“Ninguém pode usar o nome de Deus, para cometer violência. Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio. Discriminar em nome de Deus é desumano. “


E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 15 a 21 de setembro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS) RealAudioMP3








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