Cardeal Maradiaga: impacto da crise econômica sobre a família
Cidade do Vaticano (RV) - O impacto da crise econômica e social sobre as famílias.
Os desafios pastorais diante da precariedade dos sentimentos que ameaça a estrutura
da família. Foram alguns dos temas ao centro do Seminário internacional “A família
um recurso para a superação da crise”, que teve início nesta quinta-feira em Roma
e promovido pela Caritas Internationalis e pelo Pontifício Conselho para a Família.
Uma
economia não pode ser chamada de moderna se concentra as riquezas, se produz desemprego,
se divide a humanidade entre "incluídos e excluídos." O verdadeiro desafio, disse
o Cardeal Oscar Maradiaga, Presidente da Caritas Internationalis, é re-estabelecer,
junto com as famílias e sobre os valores evangélicos “uma economia e uma sociedade
que está verdadeiramente orientada para o bem comum”:
R. - Um dos pontos
é o que fazer para ajudar os jovens que desejam construir uma família: se não têm
a possibilidade de sair da pobreza extrema, não poderemos ter famílias saudáveis.
É necessário que nós preocupemos dos pobres no tema da família. Eles também têm o
direito de formar uma família. Eles também têm direito a ter as condições necessárias
para olhar para o futuro com esperança e não simplesmente como sobreviver.
P.
- E hoje, para as famílias, é cada vez mais difícil encontrar as respostas que permitam
olhar com maior serenidade para o futuro ...
R. - Como podemos recomendar
aos jovens para se casarem se eles não têm uma casa e nem mesmo a possibilidade de
ter uma casa, dadas as condições econômicas atuais? O bem comum significa favorecer
o futuro dos jovens, para que possam formar famílias, para que possam viver com qualidade
de vida. A qualidade de vida não é só considerar tudo o que oferece a sociedade de
consumo, mas para oferecer verdadeiramente as condições para que cada pessoa viver
com dignidade.
Deve ser valorizada, disse Dom Vincenzo Paglia, Pesidente
do Pontifício Conselho para a Família, a dimensão da pobreza entendida como sobriedade,
mas, acima de tudo, “como liberdade da escravidão do consumo”. “O não ser escravos
do hiperconsumismo, delinear uma vida mais sóbria. Tudo isso - continou Dom Paglia
- é um valor que deve ser redescoberto, porque ajuda o mundo a ser mais humano. Nós,
os cristãos devem redescobrir as palavras às vezes esquecidas de Jesus: “Há mais alegria
em dar do que em receber”. (SP)