2014-09-18 16:31:40

Comunhão entre si e diálogo e colaboração com todos - pede o Papa Francisco aos Bispos da Costa do Marfim


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O Papa Francisco recebeu também, na manhã desta quinta-feira, os Bispos da Costa do Marfim, em visita “ad limina” por estes dias.


No discurso a eles destinado, o Papa começou por recordar a importância desta peregrinação aos túmulos dos Apóstolos, que é sempre oportunidade para reforçar os laços de comunhão com o sucessor de Pedro e todo o colégio episcopal. Uma unidade, sublinhou, indispensável para a missão da Igreja, do mesmo modo que a comunhão fraterna que reúne à volta de Cristo os Bispos de uma mesma nação é indispensável para o crescimento da Igreja e o progresso de toda a sociedade, muito particularmente num país que sofreu de graves divisões e precisa do testemunho dos bispos e do seu forte compromisso para reconstruir a fraternidade.


O Papa convidou os bispos costa-marfinenses a assumirem toda a parte que lhes cabe na obra de reconciliação nacional, recusando qualquer envolvimento pessoal nas disputas políticas em detrimento do bem comum, sabendo contudo que é importante manter relações construtivas com as autoridades do país, bem como com os diversos componentes da sociedade, de modo a difundir um verdadeiro espírito evangélico de diálogo e colaboração. Neste mesmo espírito o Santo Padre encorajou os Bispos a continuar o diálogo com os muçulmanos, de modo a dissipar qualquer derivação violenta e qualquer interpretação religiosa errónea do conflito conhecidas no passado.

O Papa recordou que os Bispos não estão sozinhos na enorme tarefa de evangelização e conversão dos corações pois são apoiados por um clero generoso e motivado, e que trabalha com coragem no campo do Senhor, na maioria dos casos em condições difíceis..


O Papa Francisco falou também da importância das comunidades cristãs em todas as suas componentes, enfatizando que elas precisam de ser apoiadas e de ter um relacionamento pessoal e regular com o seu Bispo. Recordados igualmente os Institutos religiosos que também precisam das atenções do Bispo. Que se agradeça aos religiosos e religiosas pelo considerável trabalho que eles fazem, juntamente com os leigos associados nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento, um trabalho que o Papa considerou insubstituível, visto que existe uma correlação íntima entre evangelização e promoção humana. E o Papa convidou os Bispos a fazer todos os esforços para facilitar o estabelecimento de relações construtivas e resolver as incompreensões, de modo que os religiosos e religiosas possam trabalhar em harmonia com os outros agentes da pastoral.


Por último, o Papa Francisco convidou os bispos a uma maior proximidade para com todos os fiéis leigos, em particular as famílias e os idosos, não raras vezes vítimas de abandono e de uma difusa cultura do descarte.








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