Roma (RV) - Pelo menos 23 pessoas em Uttar Pradesh converteram-se ao hinduísmo,
dois anos depois de terem escolhido abraçar o cristianismo. A nota foi dada pela agência
AsiaNews e divulgada pela Aleteia nos dias passados.
A cerimônia de “reconversão”
aconteceu no dia 10 de setembro, no templo Trilochan Mahadev, em um “programa de retorno
à casa”, organizado pelo Sant Ravidas Dharma Raksha Samiti e pelo Sri Gram Devta Pujan
Samiti, associações radicais hindus.
O poder judiciário local declarou que
não queria ouvir nada sobre o assunto, porque foi considerada “questão de fé”, destaca
Il Sussidiario.net, mas o Presidente do Global Council of Indian Christians denunciou
o acontecido, definindo o episódio como contrário a constituição indiana. Em 2012
foram mais de trezentos hindus que se converteram ao cristianismo, sendo obrigados
a voltar ao hinduísmo; em 2011 foram 350 pessoas em um mesmo vilarejo.
Asianews
revelou que a estratégia das conversões forçadas teve o objetivo de criar desconfiança
e suspeitas contra os cristãos. Foi o que adotaram, em muitas partes da Índia, os
grupos ultranacionalistas hindus. O último caso de intolerância aconteceu em Uttar
Pradesh, no último dia 31 de agosto. As vítimas foram 10 pastores protestantes. Estavam
participando de um ritual de jejum, que não envolvia nenhuma conversão religiosa.
Tendo porém, recebido muitas queixas por parte da população local, a polícia foi obrigada
a prendê-los e interrogá-los.
Já a Aleteia (dia 26 de julho), havia denunciado
que na Índia as violências, os estupros e as agressões se difundem sempre mais entre
os cristãos, citando o caso de uma religiosa que foi estuprada dentro do convento.
Parece existir menos proteção para quem pensa de maneira diferente dos hindus. Por
outro lado, o Premier ultranacionalista Modi disse: “Ataque hindu contra os cristãos?
Nunca ouvi falar”.
A agência Fides, no último dia 10 de setembro, revelou que
os bispos católicos de dois Estados indianos, Andhra Pradesh e Telangana (Índia do
centro-sul), reunidos em assembléia em Hyderabad, com cerca de 100 delegados de 13
dioceses, numerosos sacerdotes e freiras, e muitos líderes leigos, discutiram sobre
como relançar o catolicismo no país.
A assembleia discutiu as respostas das
comunidades católicas ao novo desafio que as famílias vivem, imersas em uma cultura
sempre mais secularizada, que tende a marginalizar a fé. Entre as respostas surgiu
a urgência de formar e cuidar das famílias cristãs. A família, de fato, é a base da
vocação, o berço da educação, da vida e do Evangelho para cada cristão. (SP)