Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia: esperamos a presença do Papa, diz Dom
Chaput
Cidade
do Vaticano (RV) - Realizou-se na manhã desta terça-feira, na Sala de Imprensa
da Santa Sé, a coletiva de apresentação da preparação para o VIII Encontro Mundial
das Famílias, que terá lugar em Filadélfia, EUA, de 22 a 27 de setembro do próximo
ano.
Participaram da apresentação o presidente do Pontifício Conselho para
a Família, Dom Vincenzo Paglia; o arcebispo de Filadélfia, Dom Joseph Chaput; e uma
família da cidade estadunidense engajada na vida da Igreja local.
Teve início
a contagem regressiva para o Encontro Mundial das Famílias. Com essas palavras, o
arcebispo de Filadélfia sintetizou o clima de expectativa com o qual se aguarda, se
vive, e se está preparando para o grande evento de setembro de 2015. O prelado não
dissimulou a grande esperança no coração de todos em Filadélfia:
"Esperamos
fortemente que o Santo Padre esteja entre nós em Filadélfia. O evento do próximo ano
se torna mais real com o passar das horas. Filadélfia tem profundas raízes religiosas
e o Papa Francisco é muito amado, dentro e fora da Igreja nos EUA. Como já disse em
outra ocasião, estão previstos entre 10 mil e 15 mil participantes do Congresso sobre
a família, provenientes do mundo inteiro. Uma missa celebrada pelo Papa poderia facilmente
atrair mais de um milhão de pessoas..."
Em seguida, o arcebispo Chaput
recordou o tema do Encontro, "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva",
e ressaltou que foi preparado um texto de catequese sobre temas candentes relacionados
à família.
Ademais, o prelado recordou os dois patronos do evento: São João
Paulo II, que justamente 20 anos atrás iniciava os Encontros Mundiais das Famílias,
e Santa Gianna Beretta Molla, exemplo extraordinário de mãe e mulher cristã.
Como
citado precedentemente, também uma família de Filadélfia encontrava-se presente na
coletiva de imprensa. Trata-se da família Riley, engajada nos preparativos do Encontro.
Eis o testemunho de Barbara Riley:
"Sentimo-nos comovidos por acolher em
Filadélfia um evento de tal alcance, centralizado na família. A família é muito importante,
determinante para o crescimento dos filhos. 20 anos atrás me converti ao catolicismo:
fui atraída por sua atenção às mulheres, às mães e à família."
Por sua
vez, o Arcebispo Vincenzo Paglia enumerou uma série de eventos e iniciativas que precederão
o Encontro de Filadélfia: em particular, na próxima quinta-feira, 18 de setembro,
o simpósio "Família e pobreza", promovido em parceria com a "Caritas Internacional"
e, sobretudo, o encontro do Papa Francisco com os avôs, no último domingo deste mês,
28 de setembro, na Praça São Pedro.
Espera-se a participação de cerca de 40
mil pessoas – provenientes de 20 países –, entre as quais um casal de anciãos refugiados
do Iraque que dará seu testemunho sobre os sofrimentos do povo iraquiano, ressaltou
o presidente do Pontifício Conselho para a Família.
Todos esses eventos, ressaltou
Dom Paglia, evidenciam a importância da família, apesar das dificuldades que deve
enfrentar:
"Muitas vezes as famílias são esquecidas e por vezes fustigadas,
mas, graças a Deus, existem milhões e milhões delas que literalmente mantêm a Igreja
e a sociedade em vida."
Respondendo às perguntas dos jornalistas, Dom Paglia
fez um comentário sobre o movimento popular francês "Manif pour tous", movimento em
defesa da família que surgiu na França após a aprovação, no país, da lei sobre uniões
homossexuais:
"Diria que é um exemplo muito bonito o que aconteceu na França,
ou seja, o de envolver o mais largamente possível fiéis, fiéis de outro modo, não-crentes,
quem quer que seja, para apoiar esta dimensão da família como célula fundadora de
nossas sociedades."
Durante a coletiva foi ressaltado que o Encontro de
Filadélfia será uma ocasião fecunda de ulterior debate e reflexão após o Sínodo extraordinário
sobre a família. Em seguida, Dom Chaput quis evidenciar que não se deve falar somente
dos problemas da família, mas de sua beleza no projeto de Deus:
"Trataremos
de temas reais: de fato, deveremos falar do projeto de Deus partindo da realidade
de nossas próprias experiências, inclusive das experiências difíceis. Porém, a finalidade
é encorajar as famílias a fim de que acolham o projeto de Deus com alegria. A Igreja
tem dois mil anos de experiência no empenho em ajudar-nos a fazer essa reflexão, a
ajudar as famílias a incorporar essa experiência em sua vida." (RL)