2014-09-05 15:51:53

Momento histórico para Moçambique: líder da Renamo reinsere-se na vida política do país e assina o Acordo de paz


Afonso Dhlakama, líder histórico da RENAMO principal partido da oposição moçambicana, abandonou esta quinta-feira a Serra de Gorongosa onde se encontrava no último ano e meio na sequência das tensões politico-militares entre o Governo e a Renamo e dirigiu-se para Maputo capital de Moçambique, onde foi recebido por milhares de partidários e simpatizantes da Renamo, anunciou a AFP.

De 61 anos de idade Dhlakama reuniu-se hoje, sexta-feira, com o presidente Armando Guebuza (foto) para ratificar o acordo de paz já firmado entre representantes do Governo e a Renamo. O acordo prevê, entre outras cláusulas, um cessar fogo efetivo entre as partes. "Nós estávamos à espera deste momento há muito tempo", disse à AFP Elias Arnaldo, eminente membro. da RENAMO.



O regresso de Dhlakama dá-se no momento da aproximação das eleições gerais em Moçambique marcadas para 15 de Outubro, eleições em que Dhlakama é um dos candidatos à presidência.

O último encontro entre Dhlakama e Guebuza tinha ocorrido em finais de 2011 em Nampula. Depois, eclodiram fortes tensões que causaram vários mortos. ao longo de ano e meio.


________________

Ainda em Maputo uma sociedade de agricultores portugueses recebeu do Governo moçambicano uma concessão de cerca de 30 mil hectares de terra para a produção de soja e milho amarelo e para o fabrico de rações para animais, no interior da província de Nampula, anunciou o administrador português da INDIVEST em Lisboa, Daniel Lopes, citado pelo jornal Verdade.
Daniel Lopes, disse que os grandes desafios do grupo passam por uma eventual contribuição à redução da dependência externa, a nível da aquisição de rações para a produção aviária.


Segundo a mesma fonte, a aposta incide também no projecto de envolver o maior número possível de produtores locais, prevendo-se a contratação de "cerca de 250 trabalhadores". De acordo com a mesma fonte, o número de hectares concedidos poderá aumentar para cerca de 200 mil, caso o projecto se revele viável para os investidores e para a população moçambicana.







All the contents on this site are copyrighted ©.