Vaticano: "Mundo assuma medidas concretas para deter extremistas no Iraque"
Genebra
(RV) – “A comunidade internacional deve tomar providências concretas contra os
extremistas do Estado Islâmico no Iraque”, declarou segunda-feira, 01, o Arcebispo
Dom Silvano Maria Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé na sede de Genebra das
Nações Unidas.
“A responsabilidade de proteção internacional, especialmente
quando um governo não é capaz de assegurar a segurança das vítimas, aplica-se neste
caso e é necessário dar passos concretos com urgência e determinação para deter o
agressor injusto”, declarou Dom Tomasi na sessão especial do Conselho da ONU de Direitos
Humanos sobre o Iraque.
O arcebispo italiano recordou em particular os grupos
vulneráveis e as minorias religiosas que têm sido alvo dos jihadistas.
Em pronunciamento
na 22ª sessão especial do conselho da ONU, o diplomata da Santa Sé denunciou crimes
contra a humanidade e pediu o fim do financiamento e armamento dos extremistas do
Estado Islâmico.
“Todos os responsáveis regionais e internacionais devem condenar
explicitamente o comportamento brutal, bárbaro e incivilizado dos grupos criminosos
que combatem no leste da Síria e norte do Iraque”, disse ainda o arcebispo.
Na
sessão, o Conselho declarou que os responsáveis pelos crimes não devem ficar impunes,
e convida o novo governo do Iraque a promover e a proteger os direitos humanos. Também
foi aprovada uma resolução para o envio urgente de investigadores internacionais ao
Iraque. O documento foi aprovado sem votação, no dia em que a Missão da ONU no
Iraque, Unami, anunciou que pelo menos 1420 iraquianos morreram em agosto em atos
de terrorismo e de violência. No mesmo período, outros 1370 ficaram feridos.
O
órgão deplorou com veemência a violência, particularmente contra todas as pessoas
com base na filiação religiosa ou étnica bem como atos violentos contra mulheres e
crianças. (CM)