2014-08-29 14:11:56

Indonésia: o que é o fundamentalismo islâmico


Jacarta (RV) - Na Indonésia três professores muçulmanos convidados a um seminário da Conferência episcopal. Irfan Idris, chefe do Departamento antiterrorismo encarregado pela luta contra os movimentos radicais; Ihsan Ali-Fauzi, professor de Democracia e religião na universidade islâmica Paramadina de South Jakarta; Abdul Moqsith Ghazali, da universidade islâmica Syarif Hidayatullah de South Tangerang, na província de Banten: foram os três professores muçulmanos chamados pela Comissão para os leigos da Conferência episcopal indonésia para explicar aos cristãos o que é o fundamentalismo islâmico.

Participaram do seminário, destaca o jornal L’Osservatore Romano – realizado em 22 de agosto na sede do episcopado em Jacarta – bispos, sacerdotes, religiosas, leigos, católicos e evangélicos. Durante o encontro, do qual a agência AsiaNews ofereceu um amplo relatório, foi sublinhado que as injustiças sociais, a pobreza e uma certa propaganda alimentam o extremismo e que, para contrastar este último, são necessárias figuras muçulmanas moderadas e de relevo, como o ex-presidente da República Abdurrahman Wahid, mais conhecido pelo público como “Gus Dur”.

A Igreja tomou esta iniciativa importante diante de a uma situação cada vez mais preocupante na Indonésia, um país onde, não obstante uma longa tradição de coexistência pacífica entre os fiéis de diversas religiões, se registra um crescimento do extremismo islâmico, um fenômeno que, mesmo estando presente há pelo menos uma década, nos últimos tempos assumiu características ainda mais radicais e perigosas com o projeto de criação de um califado. As “ações” dos milicianos do Estado islâmico, no Iraque e na Síria, influenciam os grupos extremistas, ao passo que o Governo e outras instituições lançam um alerta para um possível desvio violento. (SP)








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