Qual o impacto das guerras e da pobreza nas famílias?
Cidade
do Vaticano (RV) - Um dos desafios pastorais citados no Instrumento de Trabalho
preparado para o Sínodo Extraordinário sobre a Família, marcado para outubro, é o
impacto das guerras sobre a família. Em regiões da África e do Oriente Médio, conflitos
causam mortes violentas, a destruição das habitações, a necessidade de fugir abandonando
tudo para se refugiar noutras partes. O parágrafo 77 cita o efeito de desagregação
social causado pela guerra, que por vezes inclui o abandono da própria comunidade
cristã e da fé, sobretudo por parte de inteiras famílias em situações de pobreza.
"A
ameaça à família na nossa região é muito mais real agora do que antes", diz o comunicado
final da XVIII Assembleia Plenária da AMECEA (Associação dos Membros das Conferências
Episcopais da África Oriental), realizada recentemente na capital do Malawi, Lilongwe.
"A
crise do matrimônio e da família é agravada pelo individualismo da sociedade contemporânea,
o colapso dos valores morais, o ataque à unidade da família, a pobreza e o desemprego",
escrevem os 250 Bispos da África Oriental. "Enquanto Igreja na região, nos esforçamos
em oferecer cuidados pastorais às famílias desagregadas e a todos aqueles que se encontram
em dificuldades nas suas famílias”, afirma o documento. A Assembleia elegeu a Dom
Berhaneyesus Demerew Souraphiel, Arcebispo de Addis Abeba (Etiópia), como presidente
AMECEA.
Para ouvir a reportagem, com o detalhe na situação de Angola e São
Tomé, clique acima. (CM)