Declarações do Padre Ciro Benedettini sobre o telefonema do Papa à família Foley
Cidade do Vaticano
(RV) – Após o jantar desta quinta-feira, o Papa Francisco telefonou à família
do jornalista norte-americano, James Foley, barbaramente assassinado no Iraque pelos
milicianos do Estado Islâmico. A este respeito, Alessandro Gisotti, do programa italiano
da Rádio Vaticano, entrevistou o Padre Ciro Benedettini, vice-diretor da Sala de Imprensa
da Santa Sé, que fez a seguinte declaração:
“O telefonema deu-se ontem,
após às 20 hs. Naturalmente, o telefonema foi feito em língua inglesa, misturado com
espanhol. Desta forma, o Santo Padre quis demonstrar sua solidariedade com esta família,
tão provada pelo sofrimento. No início, o Papa conversou com a mãe do jornalista,
que é católica, a qual demonstrou uma grande fé, o que lhe impressionou muito. Depois,
o Papa conversou com outro membro da família, que sabia falar espanhol, podendo assim
se expressar melhor. Enfim, o desejo de todos, do Santo Padre e da família Foley,
é que estes trágicos acontecimentos jamais se repitam”.
Por sua vez, o
sacerdote jesuíta norte-americano, Padre James Martin, que havia publicado em seu
tuíte o telefonema do Papa à família, afirmou que os pais de James Foley, que vivem
em Richmond, no New Hampshire, ficaram “muito comovidos e agradecidos” pela solidariedade
do Santo Padre.
James Foley, 40 anos, católico, foi aluno da Universidade Marquette,
dos Jesuítas, no estado de Wisconsin. Ele sempre havia mantido contato com os Jesuítas,
aos quais sempre enviava informações sobre os seus deslocamentos nas áreas de guerra,
nas missões humanitárias, das quais participava; ele, sobretudo, pedia sempre aos
sacerdotes Jesuítas para que o acompanhassem com suas orações. Em uma das suas cartas,
James lhes teria confiado que fora precisamente o rosário a salvar-lhe nas suas detenções,
primeiro na Líbia e depois na Síria, onde fora seqüestrado em 2012.
A mãe de
James Foley confessou ser orgulhosa de seu filho e da sua coragem de sacrificar a
sua vida para transmitir ao mundo a cruel condição em que se encontravam aqueles povos,
lançando até um premente apelo aos seqüestradores, para poupar a vida dos demais reféns.
A
Universidade dos Jesuítas de Wisconsin está organizando, para o próximo dia 26, uma
cerimônia religiosa em memória de James Foley. (MT)