Jornalista norte-americano decapitado pelos Jihadistas, desafiando frontalmente os
Estados Unidos
O Estado Islâmico anunciou, nesta quarta-feira, 20 de agosto, a decapitação do jornalista
norte-americano, James Foley(foto, em 2011, numa escola), freelance sequestrado na
Síria em 2012. O vídeo da execução foi postado na rede internet. Foley era católico,
ex-aluno da Universidade Marquette, fundada e dirigida pelos jesuítas. A execução
é uma retaliação dos jihadistas contra os Estados Unidos pelos ataques aéreos e com
drones realizados no norte no Iraque. ‘Mensagem à América’. Assim se chama o vídeo
da execução do jornalista lançado na web pelo Estado Islâmico. Na filmagem, de 4’40”,
é possível ver também outro jornalista norte-americano sequestrado na Síria, Steven
Sotloff, e ao lado dele um miliciano do Estado Islâmico que diz: “a vida deste cidadão
norte-americano, Obama, depende de tuas próximas decisões”. A gravação é acompanhada
de dizeres que afirmam que “as operações militares contra o Estado Islâmico” colocam
a América “num plano escorregadio para um novo fronte de guerra contra os muçulmanos”.
As agências de investigação dos Estados Unidos admitiram a “autenticidade” do
vídeo, pois as imagens não deixam dúvidas e remetem para um choque frontal entre os
Estados Unidos e o terrorismo islâmico, que parecia já superado após a retirada das
tropas dos Iraque em 2011. Entretanto, novos ataques aéreos dos Estados Unidos
atingiram posições do Estado Islâmico nas proximidades da barragem de Mossul. Intervenção
aérea solicitada também pelas forças de Bagdad como apoio à ofensiva para a retomada
de Tikrit, que está encontrando forte resistência por parte dos integralistas. A
Organização das Nações Unidas, por sua vez, anuncia o início de uma grande operação
para socorrer meio milhão de refugiados obrigados a fugir de suas casas pelos jihadistas.
As ajudas também serão enviadas à Síria para os refugiados que ultrapassaram as fronteiras
entre Síria e Iraque.