2014-08-21 13:25:10

Iraque: reviravolta na crise com o assassinato de jornalista


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Cidade do Vaticano (RV) – A crise no Iraque pode ter uma reviravolta. Após o bárbaro assassinato de James Foley, o jornalista estadunidense decapitado pelos jihadistas do Estado Islâmico, o Presidente Obama disse que os Estados Unidos vão reagir. Enquanto isso, no país continua dramática situação de dezenas de milhares de cristãos, yazidis e outras minorias expulsos pelos extremistas em direção do Curdistão. Depois de tê-los encontrado nos últimos dias, o enviado do Papa, o Cardeal Fernando Filoni, retornou nesta quarta-feira à noite a Roma e hoje se encontrou com o Santo Padre. Precisamente ontem, no final da audiência geral o Papa Francisco lançou um novo apelo:

“Convido todos vocês a se unirem à oração de toda a Igreja por aquelas comunidades da Ásia que eu acabei de visitar, como também por todos os cristãos perseguidos no mundo, em particular no Iraque, também por aquelas minorias religiosas não-cristãs, também elas perseguidas”.

Dura a reação do Presidente Obama ao assassinato de Foley. No Iraque prosseguem os bombardeios estadunidenses.

A Casa Branca confirmou a autenticidade do vídeo da execução de James Foley e o Presidente Obama, em um breve comunicado, disse que a justiça será feita e que a milícia do Estado Islâmico aspira a “cometer um genocídio” e por este motivo - acrescentou - para eles, “não há lugar no século 21”, “eliminarmos esse câncer”.

Alarme de uma onda de terrorismo do conflito iraquiano se amplia também aos países europeus depois que, como fica claro a partir do vídeo da decapitação do jornalista James Foley, quem realizou teria um sotaque britânico. Particular esse confirmado também pelo serviço de inteligência de Londres.

O ministro britânico do Exterior, Philip Hammond, disse que o governo está ciente da presença de britânicos “em números significativos” entre os extremistas que atuam no exterior. Em particular, o extremista que decapitou o jornalista estadunidense seria o líder de uma célula de combatentes.

Enquanto isso, no terreno não muda a estratégia ocidental: a Itália deu sinal verde para o envio de armas aos curdos. Prosseguem também os ataques aéreos dos Estados Unidos sobre as posições dos jihadistas, cerca quinze nas últimas 24 horas. O Pentágono também está considerando o envio de “um pequeno número de tropas adicionais”. “Vamos continuar a perseguir uma estratégia de longo prazo”, confirmou o Presidente Obama.

Sobre a ameaça aberta e o desafio que o Estado Islâmico quis lançar aos Estados Unidos, a Rádio Vaticano ouviu Dennis Redmont, Responsável pela comunicação do Comitê Itália-EUA:

R. - Este desafio com o mundo islâmico sempre existiu: não podemos esquecer os acontecimentos de Nova York e do World Trade Center. Não podemos esquecer ainda a guerra contra os jornalistas, seja no Paquistão ou em outros países: 70 jornalistas morreram na Síria desde o início das hostilidades. Da mesma forma, nesta guerra assimétrica se usa a imprensa, que atua como uma caixa de ressonância para atingir a opinião pública. No caso de Foley, era um jornalista muito experiente e, por conseguinte, tinha ligações com muitos centros. O grupo Isis pensou que teria sido espetacular executar a sentença, enquanto ele vestia um uniforme que recorda o uniforme dos prisioneiros de Guantánamo. (SP)







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