Ajuda Igreja que Sofre faz apelo em prol dos cristãos
Roma (RV) – A Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou nesta
semana um novo apelo à comunidade internacional para agir em favor dos cristãos perseguidos
pelos jihadistas no Iraque. “Ainda há esperança para os cristãos no Iraque, mas apenas
se agirmos imediatamente”, afirma Johannes Heereman, Presidente da estrutura internacional
da Fundação, em comunicado, após uma viagem a Erbil, capital do Curdistão iraquiano,
80 quilômetros a leste de Mossul.
“Se não quisermos ser testemunhas silenciosas
dos últimos capítulos da história do cristianismo no Iraque, a comunidade internacional
deve reagir de forma decisiva agora”, acrescentou Heereman que viajou até ao Iraque
a convite do Patriarca caldeu Dom Louis Sako.
A viagem teve como objetivo
de tomar conhecimento sobre a situação concreta e as necessidades por que passam mais
de 100 mil cristãos expulsos das suas casas e que encontraram refúgio em Ankawa, o
bairro cristão de Erbil, bem como em localidades ao norte de Duhok e Zakho.
“A
situação é dramática. Estivemos com bispos, padres, freiras e voluntários que trabalham
24 horas por dia para darem uma ajuda fundamental a estas populações”, explica o presidente
da Fundação AIS, recordando que, no Iraque, na região de Erbil, “as temperaturas chegam
aos 44 graus” e “as pessoas precisam de abrigos e de cuidados médicos, pelo que ainda
há muito a fazer”.
Para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, além da ajuda
humanitária de emergência que tem de ser oferecida às comunidades cristãs, é preciso
trabalhar para que este drama não se venha a repetir com os cristãos ou com membros
de outras minorias religiosas. “Querem regressar às suas casas pois tiveram de abandonar
tudo quando fugiram. Mesmo assim, ainda querem voltar”, afirma Heereman.
A
Fundação AIS lança um apelo “ao mundo ocidental” para assumir a sua “responsabilidade
moral” na ajuda que tem de ser dada aos cristãos e aos membros de outras minorias
religiosas que desejam permanecer no Iraque, providenciando-lhes “proteção e segurança”.
(SP)