Cidade do Vaticano
(RV) - O Papa Francisco tinha pensado em ir ao Curdistão para dar o seu apoio
às populações, cristãs ou não, que estão fugindo das cidades do Iraque. A viagem deveria
se realizar precisamente nestes dias, isto é, de retorno da Coréia. O desejo de Francisco
era de fazer sentir a sua proximidade a todas as pessoas, porque, explica aos jornalistas
no voo de volta de Seul, “há cristãos mártires, mas aqui há também homens e mulheres
que sofrem, não só os cristãos, e todos são iguais perante Deus”.
“Santo Padre,
se fosse necessário, o senhor estaria disponível a ir ao Iraque?”, pergunta um jornalista
francês a Francisco. “Sim, estou disponível”, responde imediatamente o Papa, que aproveita
a oportunidade para reconstruir, diante dos meios de comunicação de todo o mundo,
a ação empreendida até agora pela Santa Sé para ajudar as populações perseguidas e
em fuga dos membros do Estado Islâmico (ISIS).
“Quando com os meus colaboradores
soubemos o que estava acontecendo com as minorias religiosas expulsas e o problema
do Curdistão não podia receber tanta gente, pensamos - conta o Pontífice – a tantas
coisas. Entre elas - elenca - em primeiro lugar fizemos uma declaração: quem divulgou
foi o Padre Lombardi em meu nome. Em seguida, enviamos este texto aos núncios apostólicos
para que enviassem aos governos. Então escrevemos uma carta ao Secretário-Geral da
ONU”.
“Enfim, decidimos mandar um enviado pessoal, o Cardeal Filoni, e, se
fosse necessário, quando de volta da viagem da Coréia, ir até lá. Disseram-me que
neste momento, porém, não é a melhor coisa a fazer, mas – concluiu Francisco – eu
estou disposto a isso”. (SP)