2014-08-19 17:09:15

Líderes cristãos sobre o Iraque: religião nunca pode justificar violência


Istambul (RV) – “Aquilo que está acontecendo sob os nossos olhos no Iraque é a erradicação não somente de uma minoria religiosa – em particular dos yazidi, cuja própria existência está ameaçada - mas de toda uma civilização. O martírio e o extermínio de mulheres e crianças, assim como de idosos, são uma rejeição do nosso futuro. Tal crueldade em relação aos seguidores de uma religião nunca pode ser defendida invocando de forma vil e falsa uma outra religião”. Foi o que escreveu em uma mensagem o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I.

“A recente onda de violência contra as famílias e crianças inocentes no Iraque chocou e horrorizou o mundo”, afirmou o Patriarca Ortodoxo, reiterando que alvejar dezenas de milhares de cristãos (entre os quais sírios, caldeus e assírios) e outras minorias religiosas (entre os quais turcomanos, yazidis e curdos), “não pode nunca ser justificado em nome de qualquer credo ou convicção religiosa”.

Bartolomeu I, ao considerar que a verdadeira paz passa necessariamente pelo encontro e o diálogo genuíno, exorta os líderes religiosos e as autoridades políticas da região a promover conversações e outros meios para resolver o conflito. E convida as organizações internacionais a assistir solicitamente as vítimas desta emergência humanitária.

Também a Igreja Ortodoxa Russa, em um comunicado de firme condenação, define as violências e sistemáticas agressões aos cristãos no Iraque como “um verdadeiro genocídio” e o eventual desaparecimento da antiga presença cristã na região como um acontecimento de “conseqüências catastróficas”.

A Comunhão Anglicana, por sua vez, renova seu apelo em uma declaração conjunta do Primaz, Justin Welby e do Arcebispo de Melbourne, Phillip Freier, onde evidencia como os grupos islâmicos protagonistas dos horrores no Iraque são “banidos justamente pela vasta maioria dos muçulmanos”, ao mesmo tempo que convida a comunidade internacional a documentar as violações dos direitos humanos de forma que os autores possam ser responsabilizados”. (JE)









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